Candidatos presidenciais franceses discutem questões de segurança e o terrorismo

A candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, acusou o centrista pró-europeu Emmanuel Macron de ser “complacente com o terrorismo islâmico”.

“A segurança e o terrorismo são grandes problemas e estão completamente ausentes do seu projeto,” disse a candidata, com uma voz forte e olhar duro.

“Você não tem um projeto e, ainda mais, você é complacente com fundamentalismo islâmico”, disse Marine Le Pen.

Emmanuel Macron, por outro lado, acusou Marine Le Pen de “trazer a guerra civil para o país”.

“O que você propõe, como é hábito, é o pó de perlimpimpin. Você faz a guerra contra o terrorismo na televisão, mas cada vez que há propostas de reformas no Parlamento Europeu, você não as vota”, acusou Macron.

O candidato presidencial francês Emmanuel Macron também promete reduzir os impostos para todos os trabalhadores.

Durante um debate televisivo com o rival de extrema-direita, Marine Le Pen, o ex-ministro da Economia também prometeu conceder subsídios de desemprego a artesãos independentes, comerciantes e agricultores que vão à falência, mas que atualmente não são elegíveis para os benefícios.

Macron reconheceu que iria aumentar os impostos sobre os reformados que “estão bem financeiramente”.

O ex-ministro da Economia também acusou Marine Le Pen de não ter um plano para financiar as políticas que propõe.

Após dez dias de uma campanha agressiva entre as duas voltas das presidenciais, Emmanuel Macron, que obteve o melhor resultado na primeira volta, é ainda apontado pelas sondagens como o vencedor a 07 de maio, com cerca de 60% das intenções de voto, mas a margem de avanço em relação a Le Pen está a diminuir.

Num escrutínio muito atentamente observado internacionalmente, os dois candidatos devem convencer os muitos eleitores indecisos a dar-lhes o seu apoio, enquanto se prevê que a taxa de abstenção possa ultrapassar os 22% no próximo domingo.

Os seus programas eleitorais estão nos antípodas: Emmanuel Macron é liberal e pró-europeu, Marine Le Pen é anti-imigração, anti-Europa e antissistema.

O primeiro agrada sobretudo aos jovens urbanos, à classe média e ao meio empresarial; a segunda seduz as classes populares, a população rural e uma fatia do eleitorado francês vítima de desemprego endémico.

“Não são apenas duas personalidades, dois projetos, mas duas conceções da França, da Europa e do mundo” que estão em confronto, comentou o Presidente francês cessante, François Hollande.

Um ritual da vida política francesa desde 1974, o debate televisivo entre duas voltas eleitorais constitui tradicionalmente um momento forte e por vezes decisivo das campanhas presidenciais.

 

 

 

Lusa

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