“Tauromaquia é um espetáculo violento que coloca em risco a saúde física e mental das crianças”- MCATA

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) congratula-se com o reconhecimento por parte do Comité dos Direitos das Crianças da ONU de que “a tauromaquia é um espetáculo violento que coloca em risco a saúde física e mental das crianças que assistem ou participam nela”, advertindo que há vários estudos realizados por psicólogos de diferentes países que alertam para esses mesmos riscos.

O MCATA considera também positiva a medida do governo da República de elevar para doze anos a idade mínima para assistir a espetáculos tauromáquicos, ainda que ache que esta medida “é claramente insuficiente pelo facto de não proteger as crianças a partir dessa idade. No entender de diversos estudos, a assistência a qualquer espetáculo violento desta natureza nunca deveria ser permitida a menores de 16 anos”, reiteram.

Em comunicado o MCATA considera que este “é um espetáculo violento” de “inegável evidência” salientando a “tortura progressiva” a que o animal está sujeito, condenando veemente esta atividade.

O Movimento refere particularmente a “situação de desrespeito pelos direitos das crianças que se vive repetidamente na ilha Terceira”, dando a tourada para crianças organizada anualmente por altura das Sanjoaninas como um exemplo de um “espetáculo sangrento onde os touros são submetidos à tortura das bandarilhas e onde participam crianças em contacto direto com os mesmos”, incrimina o MCATA.

“Todas estas situações têm sido repetidamente denunciadas pelo MCATA. Mas o governo regional e as autarquias, financiadores destes eventos, nunca tomaram as devidas medidas para proteger as crianças, naquilo que constitui um vergonhoso desrespeito pelos seus direitos”, acusa o Movimento.

O MCATA confia que a recente decisão da ONU venha “a fazer refletir as autoridades regionais e locais e se traduza na tomada de medidas que acabem com a vergonhosa situação existente nos Açores”.

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