30 mil portugueses morreram em 2010 vitimas de cancro

laco cancroO cancro matou cerca de 30 mil pessoas em Portugal em 2010 e deverá “dentro de cinco a seis anos” tornar-se na principal causa de morte no país, ultrapassando as doenças cardiovasculares, foi hoje divulgado.

O presidente da Liga Contra o Cancro, Carlos de Oliveira, disse à Lusa que o número de mortes por cancro registado em 2010 representa um aumento de 20 por cento em relação ao ano anterior, enquanto que as mortes por doenças cardiovasculares “continuam a descer”.

“O que acontece é que há uma grande disparidade nas verbas do Estado para cada área. Do total gasto em Saúde, a percentagem afeta ao cancro é de 3,9 por cento, enquanto que para as doenças cardiovasculares ultrapassa os 10 por cento. Já andamos há muito tempo a chamar a atenção para esta circunstância”, referiu.

Segundo Carlos de Oliveira, em Portugal aparecem por ano 50 mil novos casos de cancro, uma incidência que também tem aumentado.

“É um fenómeno que está diretamente ligado ao envelhecimento da população, mas também aos estilos de vida e ao meio ambiente”, acrescentou.

Os cancros mais mortais em Portugal são os do pulmão, do cólon e reto e do estômago, em ambos os sexos.

O cancro da mama é o que mata mais mulheres.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro é responsável pelo rastreio do cancro da mama, que já cobre “a quase totalidade” do país, com exceção de alguns concelhos dos distritos de Braga, Porto, Lisboa e Setúbal.

Já quanto ao rastreio do cancro do cólon e reto, da responsabilidade do Ministério da Saúde, apenas existe na Zona Centro, e ainda “numa fase muito preliminar”.

Mais avançado está o rastreio do cancro do colo do útero, igualmente da responsabilidade do Ministério da Saúde, com cobertura completa no Centro e uma cobertura “grande” no Alentejo e também no Algarve.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro organiza domingo, em Viana do Castelo, uma cerimónia de abertura das comemorações do seu 70.º aniversário, que se estenderão ao longo de todo o ano.

Transmitir mensagens na vertente da educação para a saúde e prevenção do cancro, fomentar o apoio à investigação e à formação profissional na área da oncologia, estimular a criação de parceiras com outras entidades e aumentar a angariação de fundos para a luta contra o cancro, são os principais objetivos das comemorações.

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