Processo de alienação de 49% do capital social da Azores Airlines avança ainda este mês

O Presidente do Governo anunciou hoje que, durante este mês, será lançado o processo público de alienação de 49 por cento do capital social da Azores Airlines, com o objetivo de “garantir um parceiro estratégico que assegure maior robustez e competitividade no desenvolvimento e consolidação da operação da companhia aérea”.

Vasco Cordeiro, que falava, em Ponta Delgada, na cerimónia de batismo do novo Airbus A321 NEO da companhia que liga os Açores ao exterior. salientou que o grande desafio que a Azores Airlines enfrenta não se resume a uma questão de capital, mas sobretudo e numa primeira fase, “a aliança a um parceiro estratégico que possa trazer, ou que possa congregar à sua volta, o reforço da capacidade operacional e técnica, de frota e de recursos, entre outros, que alavanquem a atividade da empresa e, por essa via, reforcem as condições que ela tem para servir a Região”.

Na sua intervenção, Vasco Cordeiro recordou que a companhia aérea opera atualmente numa realidade bastante diferente da do passado recente, o que obriga, não só a que o seu papel deva ser permanentemente avaliado e atualizado –  está já a decorrer uma auditoria por uma entidade externa com o objetivo de analisar situações como aquelas que se verificaram no ano passado – mas também que as entidades públicas, colaboradores da empresa, clientes e sociedade açoriana em geral tenham uma “visão muito lúcida e precisa do quadro concorrencial e extremamente competitivo em que ela agora se move”.

“E, se isso acontece no caso da Azores Airlines, não é menos necessário, aliás, bem pelo contrário, ter o mesmo cuidado e ambição de fazer mais e melhor em termos de serviço aos Açorianos no caso da SATA Air Açores”, assegurou Vasco Cordeiro.

Segundo disse, neste caso, não se considerando justificável o instrumento da alienação de parte do capital social, torna-se, contudo, imperativo uma atenção permanente à forma como se pode responder a duas necessidades verdadeiramente vitais, que são a mobilidade dos Açorianos e economia das ilhas do arquipélago.

“A caminho dos três anos sobre a alteração do modelo de acessibilidades aéreas aos Açores, essa realidade e a sua compreensão, ao invés de justificar lapsos, apenas reforça a urgência e a ambição de todos quantos, dentro e fora da SATA, querem mais e melhor”, disse.

O Presidente do Governo realçou ainda que, após um ano 2017 particularmente exigente e desafiante para o Grupo SATA, com muitos e diversos assuntos, – e alguns percalços -, que puseram à prova a resiliência, o profissionalismo e a capacidade de superação da companhia e dos seus colaboradores, a “Azores Airlines inicia este ano 2018 com uma inequívoca nota de confiança no futuro e de convicção quanto à sua capacidade de cumprir o seu papel e a sua obrigação”.

“É, pois, uma dupla circunstância, e circunstância feliz, aquela que hoje aqui nos traz. Por um lado, o simbolismo da entrada ao serviço de uma nova aeronave e, por outro, a reafirmação da vontade e da convicção da nossa companhia aérea de cumprir a sua função primeira: servir os Açores e servir os Açorianos”, destacou.

O primeiro Airbus A321 NEO da Azores Airlines, que teve como madrinha Marta Neto de Medeiros dos Santos e Sousa, a melhor aluna do 11.º ano da Escola Secundária Antero de Quental, foi batizado com o nome de Marciano Veiga, comandante do primeiro voo da SATA, realizado em 1947, com um Beechcraft, entre São Miguel e Santa Maria.

 

 

Açores 24Horas / Gacs

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here