Os Açores estão a dar os primeiros passos consolidados no turismo cultural, vertente essencial na oferta turística que o arquipélago disponibiliza e que confere à Região uma identidade própria e diferenciadora.
Essa consciência serviu de mote para à conferência/debate “A importância da Cultura no Turismo”, organizada pela Associação Seniores de São Miguel ( ASSM ), no âmbito dos seus programas da Cultura e Cidadania, proferida pela Presidente do Centro Nacional de Cultura, Prof. Maria Calado, e onde ASSM pretendeu chamar a atenção dos seus associados, dos profissionais do Turismo, de estudantes universitários, dos responsáveis políticos e do público em geral para uma questão substancial num momento em que os Açores assistem a um considerável aumento de turistas e visitantes.
E defendendo que “sem Cultura não há Turismo”, Maria Calado reitera”sem a memória cultura e sem a criação contemporânea não pode haver turismo. Os recursos turísticos são recursos naturais e culturais, duas áreas intimamente ligadas, disse.
“Esta ainda é uma premissa que exige trabalho acrescido, não obstante a sua presença em determinados roteiros específicos de algumas ilhas e em alguns momentos do ano”, referiu a Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo, no encerramento da conferência, onde salientou que “a cultura e a arte devem fazer parte do conjunto de produtos que temos disponíveis para quem nos visita”.
Marta Guerreiro garantiu que nesse sentido, o Executivo pretende promover a criação de visitas ou circuitos organizados para a descoberta e exploração dos atrativos, não só paisagísticos, como também culturais e gastronómicos, a que se acrescenta a promoção da agenda cultural e sua disponibilização aos agentes e alojamentos turísticos.
“O posicionamento do Destino Açores está, indiscutivelmente, associado a um turismo de natureza, pelo potencial da biodiversidade que é característica da Região, sendo que falar de sustentabilidade neste setor é promover a sua diversidade em termos de oferta turística”, salientando a titular da pasta do Turismo, que essa oferta “passa pela fruição ativa dos espaços naturais, mas não pode, nem deve esgotar-se na beleza da paisagem, nem na sua contemplação, aliás, no que toca a aspetos culturais, estes são também motivo de inspiração para a criação de novos objetos artísticos, que partem de uma escala local, mas ganham uma dimensão global”.
