Acesso ao Complemento Solidário de Apoio aos Idosos é “pesadelo burocrático”

idososA cabeça de lista do Bloco de Esquerda às próximas eleições legislativas pelo Círculo Eleitoral dos Açores, que esteve esta tarde na freguesia de São Roque, em Ponta Delgada, para ouvir em discurso directo as histórias de vida e os problemas com que se deparam hoje em dia os idosos, criticou o excesso de burocracia no acesso ao Complemento Solidário de Apoio aos Idosos, defendendo a alteração dos critérios de acesso a este apoio, o aumento do seu período de vigência para dois anos, e a sua renovação automática. Medidas que devem ser acompanhadas por um aumento da fiscalização pelo Estado.

 

 

Criticando o “pesadelo burocrático” em que se tornou o Complemento Solidário de Apoio aos Idosos, Zuraida Soares lembrou que, para aceder ao apoio, os idosos têm que passar todos os anos pelo suplício de apresentar os mesmos documentos, e denunciou a existência de “critérios perversos”, como o facto de este apoio depender do rendimento dos filhos: “E os idosos que foram abandonados pelos filhos, ou cujos filhos emigraram, por exemplo?”, questionou a candidata, denunciando situações em que os idosos têm mesmo que pôr um processo em tribunal aos seus próprios filhos, caso estes se recusem a disponibilizar as suas declarações de IRS.

 

 

Zuraida Soares lembrou ainda que 20% dos idosos açorianos não recebem a pensão de velhice e que este apoio é 60 euros mais baixo nos Açores do que no continente.

 

 

“Quando falamos em exclusão social, não estamos a falar de uma coisa vã, estamos a falar de pobreza, de isolamento, fome, falta de medicamentos e tudo aquilo que traz dignidade à vida das pessoas”, disse a candidata, que, sem esquecer os imigrantes, os sem-abrigo, os repatriados, ou as crianças, dedicou a tarde aos idosos, “grupo particularmente vulnerável à exclusão social”.

 

 

Recordando que Portugal regista uma desigualdade na distribuição da riqueza cada vez maior, Zuraida Soares defendeu que “os que têm muito devem ser obrigados a partilhar um bocadinho com os que têm menos: esta seria uma política social justa”.

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