Açores aprovam ajuda extraordin​ária a produtores de gado por causa da seca

O Governo dos Açores aprovou uma ajuda extraordinária a produtores de gado no valor de 500 mil euros, destinados à compra de alimentos para os animais, devido à seca registada no arquipélago nos últimos meses.
A portaria que estabelece esse apoio foi hoje publicada no Jornal Oficial da região e, segundo um comunicado da Secretaria Regional dos Recursos Naturais, destina-se à “aquisição de dez mil toneladas de alimentos fibrosos para gado por parte dos produtores de todas as ilhas, com o objetivo de minimizar os efeitos causados pela seca”.
“Esta ajuda excecional, no montante de 500 mil euros, está disponível a partir da próxima segunda-feira, dia 29 de julho”, acrescenta o executivo açoriano.
Em causa estão “as condições climáticas anormais, nomeadamente a acentuada e persistente diminuição de precipitação que se tem verificado na Região Autónoma dos Açores desde o mês de março de 2013 e que tem provocado uma seca significativa dos solos agrícolas e a consequente quebra na produção das culturas forrageiras de primavera/verão”.
O Governo dos Açores escreve, no texto da portaria, que é “essencial evitar quebras de consequências significativas para o volume da produção da Região Autónoma dos Açores, quer em termos socioeconómicos, quer no que concerne, especificamente, à sanidade e bem-estar animal”.
Os ‘plafonds’ de alimentos sujeitos a apoio foram distribuídos por ilhas, cabendo 100 toneladas a Santa Maria, 4.980 a São Miguel, 2.100 à Terceira, 100 à Graciosa, 1.000 a São Jorge, 1.000 ao Pico, 400 ao Faial, 300 às Flores e 20 ao Corvo.
O presidente da Associação Agrícola de São Miguel e da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, tinha defendido a 16 de julho a necessidade de medidas para fazer face à “situação mais dramática” de que tem memória no setor resultante da seca.
Segundo Jorge Rita, foram recolhidos “poucos alimentos” de inverno, estando-se neste momento a 50 por cento das produções relativas àquela estação e “nem se está”, entretanto, a 50 por cento da produção de verão.
“Para agravar ainda mais a situação, os milhos não se desenvolvem devido à falta da chuva e, de certeza absoluta, não vamos ter o mesmo alimento disponível nos próximos tempos”, frisou.

 

Lusa

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