Os Açores e o Rio Grande do Sul partilham uma história comum desde meados do século XVIII, altura em que emigrantes açorianos desempenharam um importante papel no povoamento daquela zona do Brasil, sendo essa influência ainda hoje visível na arquitetura, na toponímia e no folclore.
Depois de protocolos de cooperação em 2003 e 2004, o documento que será assinado no final desta semana pretende, segundo uma nota do executivo açoriano, “promover a cooperação a todos os níveis nas áreas económica, logística, científico-tecnológica, cultural e educacional, sempre que esta possa contribuir para a proximidade institucional e cultural entre as duas partes”.
O presidente do Governo dos Açores, Carlos César, iniciou hoje uma visita oficial ao Brasil centrada nas comemorações do 260.º aniversário do povoamento do Rio Grande do Sul.
Os historiadores indicam que os primeiros grupos de açorianos chegaram ao Rio Grande do Sul em 1751 ou 1752, assumindo-se como a mais numerosa comunidade povoadora deste estado brasileiro.
Os documentos oficiais indicam que foi em 1746 que os primeiros açorianos pediram autorização ao rei para emigrar para o Brasil, numa decisão que respondia ao excesso de população e à escassez de alimentos no arquipélago.
Nos anos seguintes, grupos de açorianos foram transportados para vários pontos do Brasil, tendo-se instalado na vila de S. Pedro do Rio Grande a partir do início da década de 50 do século XVIII.
Em 1752, 60 casais açorianos que estavam instalados na vila do Rio Grande foram levados para o Porto de Viamão, na Sesmaria de Gerónimo de Ornelas, lugar que, seis anos mais tarde, era conhecido como Porto dos Casais e atualmente é a cidade de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul.
Antes de chegar a este estado brasileiro, Carlos César participa hoje nas comemorações do 60.º aniversário da Casa dos Açores no Rio de Janeiro.
