Os Açores registaram 8.465 novos casos de cancro entre 1997 e 2006, exceptuando os da pele, que provocaram 2.263 mortos, revelam os dados do registo oncológico regional.As estatísticas referem que, nos homens, seguem-se os casos de cancro da próstata, colorrectal, estômago e bexiga, enquanto nas mulheres, depois do cancro da mama, os mais frequentes são os do colorrectal, corpo do útero, estômago e colo do útero.
No caso do cancro da pele, que não está incluído nos 8.465 casos detectados entre 1997 e 2006, a sua incidência é baixa nos Açores, tendo sido descobertos naquele período de tempo apenas mil casos de melanomas.
Na intervenção que proferiu na apresentação dos dados do RORA, o secretário regional da Saúde, Miguel Correia, salientou que “o governo entende que as verbas gastas na luta contra o cancro não poderiam ser mais bem empregues e, por isso, continua a investir na prevenção primária, secundária e terciária”.
Miguel Correia prometeu um reforço da prevenção primária, quer na vacinação contra o cancro do cólo do útero, quer no rastreio do cancro da mama, que já abrangeu 20 mil mulheres.
O rastreio do cancro colorrectal inicia-se no próximo ano para a população entre os 50 e os 70 anos, estimando Miguel Correia que possa atingir 50 mil pessoas.
Actualmente todos os hospitais da região efectuam o registo dos casos de cancro directamente num programa específico, que é coordenado pelo Centro de Oncologia dos Açores, o que permite ter uma visão mas completa da situação.
Nesse sentido, foi revelado que, até este mês, foram registados nos Açores 15.432 casos de cancro, dos quais 56 por cento em homens e 44 por cento em mulheres.
O Centro de Oncologia dos Açores espera editar ainda este ano os dados relativos aos períodos entre 2007 e 2009 e, numa fase posterior, pretende divulgar as estatísticas referentes ao período entre 1990 e 2009.
