Açores terão “maior atenção à acessibilidade e à operacionalização” dos fundos da União Europeia

rui bettencourt gacs rui bettencourO Secretário Regional Adjunto da Presidência para as Relações Externas afirmou hoje, em Kourou, na Guiana francesa, que os Açores terão “a maior atenção à acessibilidade e à operacionalização” dos fundos da União Europeia, para que se passe “das intenções à execução”.

Rui Bettencourt, que falava, em representação do Presidente do Governo, na sessão interna da XXII Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas, referia-se à nova “parceria estratégica reforçada e renovada” para as Regiões Ultraperiféricas apresentada esta semana pela Comissão Europeia, que prevê a manutenção de apoios a estas regiões, como é o caso do POSEI, e propõe reforçar o seu acesso ao Fundo Europeu para os Investimentos Estratégicos e ao Fundo de Solidariedade da União Europeia.

O titular da pasta das Relações Externas manifestou a satisfação do Governo dos Açores com a nova Comunicação da Comissão Europeia, que define uma estratégia renovada para as Regiões Ultraperiféricas, e com diversos aspetos do documento, sublinhando contudo a existência de “dois aspetos” que merecem a preocupação e a maior atenção do Executivo açoriano.

“O Governo dos Açores estranha a inexistência de referências claras, nesta comunicação, à política de coesão para as Regiões Ultraperiféricas”, afirmou Rui Bettencourt, referindo, por outro lado, a preocupação dos Açores “nas questões de governança e, em particular, na explicitação das parcerias apontadas”, defendendo que “as respostas políticas podem ser diferenciadoras”.

Neste sentido, acrescentou que, no arquipélago, o estatuto autonómico define as competências da Região e as do Estado, e que os Açores pretendem a estruturação da ação pública comunitária concertada com os parceiros nacionais e comunitários, manifestando o interesse dos Açores em assumir “todas as suas competências”.

“Não devemos partir para uma estratégia e um modelo de governança centrado numa posição ‘pivot’ do Estado e que não tenha em conta as competências reais já estabelecidas”, frisou o Secretário Regional.

Para Rui Bettencourt, “a partilha de competências indicada para a implementação de medidas” em áreas como as pescas, o mar ou a energia “não são, não podem ser, nem serão aquelas indicadas na Comunicação”.

Na sua intervenção, disse ainda que “na estruturação, na implementação e na operacionalização da estratégia” que traz esta nova Comunicação, que surge numa altura em que se definem momentos chave da vida da própria UE como é o caso do futuro da Política de Coesão pós 2020, os Açores desejam que o trabalho de concertação e parceria “seja feito a cada passo dos processos, inclusive o legislativo”.

 

 

Açores 24Horas/ Gacs

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