Açores vão ter incubadora de negócios ligada à ‘economia azul’, afirma Gui Menezes

oceanoO Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou em Rimouski, no Canadá, que o Governo dos Açores pretende implementar uma incubadora ligada à ‘economia azul’, tendo em vista “apoiar o aparecimento de novas iniciativas e negócios inovadores” nesta área.

Gui Menezes salientou ainda que o Governo dos Açores vai também incentivar pequenas e médias empresas e centros de investigação para que se candidatem ao Fundo Azul, um fundo de investimento em investigação e empreendedorismo associados ao mar, criado recentemente pelo Governo da República.

O Secretário Regional, que falava no painel ‘Blue Inovation in Azores’, no âmbito da Convenção Internacional Biomarine 2017, destacou as potencialidades dos Açores para atrair empresas de áreas emergentes da ‘economia azul’, como a biotecnologia marinha.

Gui Menezes afirmou que, no âmbito da Estratégia Regional de Especialização Inteligente para a Investigação e Inovação dos Açores (RIS3), que tem como um dos seus eixos prioritários o Mar e as Pescas, o Executivo açoriano pretende dinamizar no arquipélago um ‘cluster’ do Mar, juntamente com outras entidades, para reforçar e potenciar a ‘economia azul’ no arquipélago.

Na sua intervenção, destacou vários projetos que irão contribuir para a criação deste ‘cluster’, nomeadamente a Escola do Mar dos Açores, que vai “formar profissionais qualificados” em áreas da ‘economia azul’, o Observatório do Atlântico, que poderá “funcionar como um laboratório colaborativo entre empresas e centros de investigação”, e o Centro de Investigação Internacional do Atlântico -AIR Center.

Gui Menezes salientou que a biotecnologia marinha e a aquacultura estão ainda “numa fase muito inicial” na Região, mas frisou que “existe potencial para o seu desenvolvimento”.

“A criação de um Centro Experimental de Aquacultura na Região, que possa ser utilizado pela comunidade científica e pelas empresas, poderá ser um impulso importante para dinamizar estas atividades”, disse.

No caso da biotecnologia marinha, Gui Menezes defendeu que “o grande potencial da Região está nos organismos de profundidade e, embora seja necessária ainda muita investigação nesta área, é isso que nos pode diferenciar”.

O Secretário Regional frisou ainda algumas áreas emergentes da ‘economia do mar’ em que os Açores se destacam a nível mundial, nomeadamente a observação de cetáceos e o mergulho, tendo também apontado o “caso de sucesso internacional” da Flying Sharks, “uma empresa criativa que se encaixa no conceito de ‘bioeconomia azul'”.

Segundo Gui Menezes, esta empresa, “com um código de ética muito rigoroso”, desenvolveu “tecnologias e metodologias próprias” para capturar, manter e exportar organismos marinhos para vários aquários públicos em todo o mundo.

A Biomarine é uma convenção internacional que reúne anualmente investigadores, empresários, investidores e representantes de vários países, com o objetivo de promover contatos para alavancar iniciativas empresariais e industriais e oportunidades de negócio em ‘biotecnologia azul’.

 

 

Açores 24Horas / NI

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