Açúcar desapareceu das prateleiras em todo o país

O açúcar desapareceu de muitos super e hipermercados por todo o país. O JN fez uma ronda pelo Porto, Lisboa, Braga, Aveiro, Viana e Trás-os-Montes e confirmou que as prateleiras estão vazias. Não há informações sobre quando será reposto o abastecimento.

Desde quinta-feira passada que alguns supermercados da cidade do Porto deixaram de receber açúcar. E não são capazes de dizer aos clientes quando voltarão a repor os pacotes nas prateleiras. No Lidl de Arca de Água, ontem, sábado, à tarde havia uma última palete. Aliás, o Lidl começara, na terça-feira passada, a limitar a venda a 10 quilos por cliente.

Mas problema maior do que a corrida dos clientes era o facto de não chegar açúcar da RAR, única marca à venda. O sítio do açúcar era um espaço vazio no Minipreço do Campo Lindo desde a manhã de ontem. A venda estava limitada a dois quilos por cliente há vários dias, mas na quinta-feira deixou de estar e os clientes foram levando o que restava. Um cenário que se repetia nas lojas Modelo e Pingo Doce da cidade do Porto, ou seja, prateleiras sem açúcar e funcionários sem informações.

 

Viana do Castelo

O desaparecimento de pacotes de açúcar repetia-se em Viana do Castelo. No supermercado Froiz, bem no centro da cidade, as prateleiras estavam, ontem à tarde, literalmente vazias. “Esgotou ontem [sexta-feira]. Nunca vi tanta gente a comprar açúcar. Levavam aos quatro e cinco quilos de cada vez. Até eu comprei um quilo ou dois”, confidenciava uma cliente.

O mesmo acontecia no Modelo do Estação VianaShopping. Resistiam apenas alguns pacotes de saquetas e de açúcar em cubo. Ao que o JN apurou, a unidade recebeu, ontem de manhã, um carregamento de mais de 300 quilos, mas desapareceu tudo durante a tarde do mesmo dia.

 

Lisboa e Almada

No centro da cidade de Lisboa algumas lojas ainda tinham açúcar, mas a previsão era, em todos os casos, que os stock se esgotariam em escassas horas.

No Continente do Centro Comercial Colombo, por exemplo, os últimos quilos disponíveis em armazém foram para as prateleiras às 17 horas de ontem e, dada a corrida ao açúcar por parte dos clientes, já estará esgotado. O Continente tinha imposto um limite de três quilos por cliente. Ontem, o limite diminuira para dois quilos, mas mesmo esse racionamento se revelou insuficiente. Ainda na capital, o Pingo Doce da Rua Tomás Ribeiro já não tinha açúcar para venda.

No Minipreço de Almada, o açúcar esgotou durante a manhã de ontem. Mas aqui o stock deverá ser reposto amanhã. No Modelo da Cotovia, no concelho de Sesimbra, também não havia açúcar. Num supermercado mais pequeno da mesma localidade uma funcionária apontava as notícias sobre escassez como o motivo para as compras exageradas que se seguiram. “Só esta manhã vendemos mais açúcar do que o que costumamos vender numa semana”, disse.

 

Aveiro

Em dois dos três hipermercados de Aveiro, o açúcar estava esgotado ao fim da tarde de ontem. Era o caso do Pingo Doce (ex-Feira Nova), onde um aviso lembrava que a ruptura é temporária; e do Continente, onde um funcionário esclarecia que “os fornecedores, a nível nacional, não têm açúcar para vender”.

As grande superfícies de Aveiro limitam há vários dias a compra de açúcar – entre dois a três quilos por cliente. É o caso do Jumbo, onde, ao fim da tarde de ontem, sobravam pouco mais de 100 quilos. Os responsáveis garantiam, no entanto, que tudo voltará à normalidade amanhã.

Em algumas lojas mais pequenas a escassez de açúcar também era sentida. No Minipreço ou no Spar cada cliente apenas podia levar dois pacotes de quilo.

Também em Trás-os-Montes, mesmo nas pequenas lojas de comércio, o açúcar estava a escassear e as previsões não eram animadoras quando a novas remessas de açucar.

 

Braga

Uma das excepções a nível nacional parecia ser a cidade de Braga. Nas superfícies comerciais do Pingo Doce, as prateleiras encontravam-se abastecidas e não havia qualquer tipo de restrição. No Minipreço, as prateleiras não estavam cheias mas também não havia sinais de medidas de racionamento. Ainda assim, era evidente uma grande procura de açúcar por parte dos clientes.

 

 

Jornal de Noticias

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