
“Não é verdade que transmitam informações: exprimem opiniões, acelerando tendências já em curso. É como empurrar alguém que está à beira do precipício. Agravam a crise”, acrescentou.
As agências de ‘rating’ foram alvo de duras críticas na quarta-feira depois da Moody’s ter baixado em vários graus e classificado como ‘lixo’ a notação da dívida soberana portuguesa, agravando a crise da dívida na zona euro.
A Moody’s considerou que Portugal, tal como a Grécia, pode vir a precisar de um segundo empréstimo antes de regressar aos mercados, o que fez disparar os juros da dívida portuguesa que ultrapassaram, pela primeira vez, os 13 por cento, a dez anos.
Questionado sobre a possibilidade de ser necessário um segundo pacote de ajuda para Portugal, Padan respondeu que “é muito cedo para dizer”.
“Os países precisam de tempo para que os seus planos de consolidação (das contas públicas) produzam efeitos, para que as economias recomecem a crescer e que para que os juros baixem. Os mercados reagem no dia-a-dia, têm um horizonte de curto prazo e não parecem acreditar nestas políticas”, sublinhou.
O responsável da OCDE assegurou, por outro lado, que “o euro não está em perigo”, mostrando-se “convicto que a crise se resolverá com um reforço das instituições europeias”.