A água balnear do Ilhéu da Vila Franca do Campo já está própria para banhos, adiantou a Secretaria Regional do Mar e Pescas, depois de no dia 28 de junho ter sido recolhida uma amostra que evidenciou bactérias enterococos intestinais com um valor superior ao limite indicado.
Este ano a qualidade da água balnear do Ilhéu de Vila Franca do Campo começou a ser monitorizada em abril e, até à data, já foram realizadas 10 amostras.
Estes resultados negativos recolhidos no passado dia 28 de junho estarão diretamente relacionados com a situação excecional de mau tempo que assolou a ilha de São Miguel no fim de semana passado, com chuvas intensas que provocaram enxurradas ao longo da costa, espacialmente entre Vila Franca do Campo e Povoação, arrastando consigo grandes quantidades de terras e material orgânico para o mar.
Assim que os resultados foram conhecidos, no dia 30 de junho, a Delegação de Saúde de Vila Franca do Campo interditou a prática de banhos de mar no interior da cratera do Ilhéu.
De modo a monitorizar o evoluir da situação, a Direção Regional dos Assuntos do Mar solicitou, no próprio dia, a recolha de nova amostra da água balnear.
Os resultados dessa amostra foram conhecidos três dias depois – como é prática – e durante a tarde desta sexta-feira foi possível saber que a água está, novamente, própria para banhos, tendo sido retirado o aviso de interdição.
Esta situação tem estado a ser avaliada pelo grupo de trabalho criado para promover a melhoria da qualidade da água balnear do Ilhéu de Vila Franca do Campo, que inclui a Direção Regional dos Assuntos do Mar, o Parque Natural da Ilha de São Miguel, a Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, o Clube Naval de Vila Franca do Campo, a Capitania do Porto de Ponta Delgada, a Direção Regional das Pescas e a Delegação de Saúde de Vila Franca do Campo e, mais recentemente, a Direção da Conservação da Natureza e Sensibilização Ambiental.
Desde abril, está a ser implementado o programa que contempla diversas medidas, nomeadamente ao nível da identificação de possíveis fontes fecais, diminuição da carga fecal, monitorização da qualidade da água balnear e do mar.
As medidas adotadas são consideradas adequadas e com resultados positivos, especialmente na redução e controlo da população de gaivotas e na melhoria da qualidade da água balnear.
O programa de melhoria continuará a ser implementado, baseado numa ação concertada, no conhecimento e na sustentabilidade, com vista a promover a qualidade da água balnear e do ecossistema do Ilhéu.
Mais informações estão disponíveis em https://portal.azores.gov.pt/