Alojamento Local nos Açores “perplexo” com taxa turística regional

A Associação de Alojamento Local dos Açores recebeu com perplexidade a notícia da aprovação na generalidade do diploma de aplicação da taxa turística nos Açores.
As ondas de choque deram-se logo após a aprovação, com inúmeros empresários e trabalhadores independentes do Alojamento Local a mostrarem a sua revolta e indignação pelo sucedido”.

A Associação, presidida por Rui Correia, considera que a aprovação “com base nos critérios de sustentabilidade e controlo dos fluxos turísticos não têm fundamento”.

“Todos os estudos apontam” que a Região ainda está “longe de uma pressão desmedida e incontrolável”, observa.

A ALA aponta para os impactos que a medida vai ter naquele tipo de alojamento com “características de pequenas e micro-unidades”.

Para o Alojamento Local nos Açores, “a aplicação precoce desta taxa servirá de filtro inibidor” e será “um propiciador de rendimentos ao setor público, algo que já hoje acontece com os inúmeros impostos diretos e indiretos que temos de pagar”.

Segundo a ALA, a aplicação desta taxa “fará com que centenas de proprietários de Alojamento Local tenham um trabalho extra de gerir estas cobranças, num processo moroso e burocrático, incentivando assim à saída do mercado ou mesmo à economia paralela”.

A ALA alerta que “todas as ilhas sentirão o impacto da taxa”, mas “as de menor dimensão, onde o turismo é fundamental para a fixação de pessoas e captação de investimento, poderão ser ainda mais afetadas”.

A taxa turística terá ainda “efeitos colaterais”, nomeadamente nos “restaurantes, ‘rent-a-car’, lavandarias, empresas de gestão, contabilidade, limpeza”, aponta a Associação.

“O turismo dos Açores está numa fase inicial, somos um destino que ainda carece de afirmação e notabilidade, ainda sentimos as dificuldades económicas que a pandemia nos deixou e as crises internacionais, daí que a criação de mais uma taxa desta natureza poderá impor uma desaceleração neste crescimento e possivelmente a destruição de boas sinergias que estavam a ser criadas pelos empresários e trabalhadores independentes do Alojamento Local”, lê-se no comunicado assinado por Rui Correia.

Para o Alojamento Local nos Açores a introdução desta taxa “é uma ação de flagelação e castração, com particular incidência no AL”.

 

 

Açores 24Horas c/ Lusa

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