António Ventura quer “limpar as ruínas” do centro histórico de Angra

angra-heroismoO candidato à presidência da câmara de Angra do Heroísmo pelo PSD, António Ventura, apresentou esta manhã um conjunto de soluções urbanísticas, visando a reabilitação no centro histórico da cidade património. As propostas passam por “efectuar um levantamento dos edifícios privados degradados e em ruínas, e dos espaços vazios no centro histórico”, onde o social-democrata quer implementar “um regime de excepção nos benefícios fiscais, relativamente às taxas de realização de obras e do imposto municipal sobre imóveis (IMI), para construção e reconstrução”.
 
Partindo do pressuposto que tudo o que se passa no concelho “tem a ver com a câmara municipal”, António Ventura pretende também dar utilização a edifícios “esquecidos e em visível estado de degradação no centro histórico, primando pela sua conservação e potenciando os valores culturais que eles representam”, explicou. Dizendo que “é preciso acabar com a inércia dos governos da região e da república”, o candidato laranja formalizou um leque de ideias para o centro histórico da cidade, recordando que “o maior proprietário de ruínas no centro histórico é o Estado em geral”.
 
“Dentro do conjunto arquitectónico do centro histórico têm de preservar-se os edifícios que tiveram relevo na classificação de Angra como testemunho de um tempo de globalização onde a cidade desempenhou um papel fulcral”, adiantou, prometendo terminar “com esta situação de abandono e de desleixo, que se avoluma de ano para ano, e que já mereceu vários protestos e, inclusive, títulos na imprensa local como Angra maltratada”, adiantou, esclarecendo que “vai longe o sismo de 80, mas as marcas estão ainda em muitas ruas”.
 
Numa acção que levou os jornalistas a percorrer algumas das ruas de Angra, António Ventura mostrou alguns pontos onde “é visível uma triste degradação do nosso património edificado, o que não se admite numa cidade classificada”, e prometeu iniciar “processos de negociação amigável com os proprietários de edifícios em ruínas ou em degradação, e mesmo dos espaços vazios, de forma a iniciar a recuperação dos mesmos”, afirmou.
 
Iniciando o périplo pela Rua do Marquês, o candidato do PSD identificou “um edifício pertencente à câmara municipal, em situação deplorável”, para o qual aponta como o ideal para “descongestionar os serviços públicos existentes na câmara, através da transferência de determinadas divisões, como as obras e o urbanismo” para aquele espaço, onde pretende também ver instalada “a sede da assembleia municipal, dignificando aquele órgão com um local próprio”. 
 
Junto ao “cada vez mais degradado” hospital da Boa Nova, edifício tutelado pelo ministério da defesa e classificado como monumento nacional e imóvel de interesse público regional, António Ventura apontou a criação de um museu militar, “tendo em conta o rico espólio militar que possui o museu de Angra é, especialmente, em fardamento e armaria”, situando-se ainda o imóvel “numa posição privilegiada para a criação de um circuito histórico, envolvendo também a fortaleza de São João Baptista”.
 
Mais abaixo, na Rua de Jesus, e perante uma propriedade da assembleia da região autónoma dos Açores que se encontra visivelmente em ruínas, o social-democrata afirmou que “caso não seja para concretizar a construção de raiz de uma delegação da assembleia, o edifício deve ser aproveitado, numa função histórica e turística, em benefício do município”, o mesmo se aplicando para as antigas instalações do representante da república que, na mesma artéria, se encontram “totalmente desaproveitadas”
 
Para além dos imóveis referidos, António Ventura disse ser de “vital importância” recuperar e restaurar outras estruturas sob a alçada do governo da república, classificando como “lamentável” que a porta da Prata “apresente duas janelas e duas portas emparedadas e um estado de desleixo total”, assim como é “fundamental recuperar a muralha do forte de São Sebastião – Castelinho –“, estabelecendo uma estratégia concertada “com as diversas entidades responsáveis que leve à sua manutenção e que evite novas derrocadas no local”, concluiu.

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