Aposta na energia geotérmica é uma forma de valorizar o potencial endógeno dos Açores, afirma Marta Guerreiro

cozido furnasA produção de eletricidade nos Açores deve ser, até 2021, 60% proveniente de energias renováveis e recursos endógenos, numa perspetiva de sustentabilidade e valorização dos recursos naturais disponíveis, referiu hoje nas Furnas, a Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo, aclarando que “neste momento, a produção geotérmica em São Miguel é de cerca de 182GWh, o que representa 43% da produção de eletricidade na ilha e 23% da produção de energia nos Açores, sendo que o total de fontes de energias renováveis nesta ilha é de 54% e representa 35% do total nos Açores, permitindo evitar cerca de 165 mil toneladas de emissões de CO2 no último ano”.

Marta Guerreiro, que falava na abertura da primeira reunião do projeto europeu ERA-NET Geothermica, do qual o Governo dos Açores é parceiro através do Fundo Regional para a Ciência e Tecnologia, reforçou a representação da Região nas organizações europeias para a definição de políticas estratégicas no setor energético, “fazendo dos Açores um ‘living lab’ para testar soluções emergentes que nos confiram a caraterística de ‘smart islands’”, defendendo que participar de forma ativa e eficaz na elaboração de programas e projetos europeus é um dos objetivos, através da investigação e desenvolvimento tecnológico nos domínios da energia, especialmente em áreas que incluam os recursos naturais e endógenos, como é o caso da geotermia.

“Pretendemos fomentar investigação para valorizar o nosso potencial endógeno aplicado aos diversos setores estratégicos, promovendo a inovação e a competitividade na nossa Região”, salientou Marta Guerreiro, acrescentando que a geotermia “não deve ser apenas utilizada para produção de eletricidade, a chamada de alta entalpia, mas também como capacidade calorífica (baixa entalpia), como é o caso do aquecimento de água (no setor turismo), do aquecimento de estufas (no setor da agricultura) e do aquecimento geotérmico (como no típico cozido açoriano)”.

Nos Açores existem duas centrais geotérmicas com capacidade para 23 MW, ambas na ilha de São Miguel, tendo a Secretária Regional adiantado que será concluída este ano a central da ilha Terceira, com capacidade prevista para 3,5 MW.

O Governo dos Açores, alinhado com o compromisso da União Europeia para 2020 e 2030, baseado no Acordo de Paris de 2016, definiu objetivos estratégicos para aumentar a eficiência energética e reduzir tanto as consequências do efeito estufa como a dependência dos combustíveis fósseis até 2020, para promover a qualidade e segurança do abastecimento energético à população.

 

 

 Açores 24Horas /Gacs

 

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