Artur Lima acusa: Está em curso “plano articulado de desertificação de Angra”

O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores Artur Lima denunciou, esta quarta-feira, aquilo a que chamou de “plano articulado” para “desertificar Angra do Heroísmo” através do encerramento “da principal Escola Primária de Angra” – a Escola Básica e Jardim de Infância Infante D. Henrique, ao Alto das Covas.

Em conferência de imprensa, à porta da referida estrutura escolar, Artur Lima criticou a postura “prepotente” da Secretaria Regional da Educação e Formação e a “subserviência” da Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.

“O CDS, com preocupação, vem denunciar aquilo que é um plano articulado entre a Secretaria Regional da Educação e Formação e a Câmara Municipal de Angra para encerrar a Escola do Alto das Covas, aliás, à semelhança do que já estão a fazer com a Escola Primária da Conceição… é um plano articulado de desertificação da cidade de Angra do Heroísmo”, afirmou.

O Líder Parlamentar centrista considera que “a Secretária da Educação e Formação vem impor, mais uma vez, a sua política do contra tudo e contra todos: primeiro foi contra a classe docente, agora é contra a classe docente, pais, encarregados de educação e até contra os alunos. Impõe unilateralmente a sua vontade”.

Por sua vez, acrescentou, “a Presidente da Câmara Municipal tem que se pronunciar apenas sobre uma questão: é a favor ou contra o fecho da Escola (o que vai trazer imensos prejuízos a Angra do Heroísmo), independentemente de pretender instalar aqui serviços camarários”. 

Artur Lima foi mais longe e ironizou: “até acho alguma graça que se defenda um cais de cruzeiros em Angra para termos turistas, por um dia; mas, em contrapartida, expulsam-se centenas de alunos do centro de Angra uma vida inteira. Que vitalidade querem afinal para Angra? Que revitalização querem fazer?”, questionou.

O Parlamentar e Dirigente popular diz que “é inadmissível esta política prepotente da Secretária Regional”, assim como o é a “subserviência da Presidente da Câmara de Angra” que, por ventura, “até se entende dados os laços de parentesco existentes entre a Secretária da Educação e o executivo camarário”.

Artur lima apontou, entretanto, vários “impactos negativos” caso esta medida seja efectivada: “Prejudicam-se os pais que têm que perder mais tempo a ir deixar os filhos nas escolas da periferia da cidade; prejudicam todo um sistema que está montado à volta da escola que tem que ver com as creches, jardins de infância e Atelier’s de Tempos Livres que, naturalmente, perdem os seus alunos (e que prestam uma excelente função); vão sair prejudicados os postos de trabalho que existem nestes serviços complementares e vão prejudicar Angra, desertificando a cidade”.

O Presidente da bancada democrata-cristã no Parlamento Açoriano finalizou dizendo que, neste processo, “cabem bem os adjectivos incompetência, premeditação, prepotência e subserviência”.

Importa referir que Artur Lima, de forma espontânea, contou com o apoio público de vários dos educadores dos ATL’s que funcionam em redor da Escola e que estão a ver em perigo os seus postos de trabalho com a assunção desta medida.

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