Autárquica​s: Objetivo era salvar a câmara de Povoação da falência – Carlos Ávila

O presidente da Câmara da Povoação, nos Açores, Carlos Ávila (PS), afirmou que se recandidata ao cargo consciente de que “não cumpriu todas as promessas feitas”, porque o principal objetivo era salvar o município da falência.
“Reconhecemos que não cumprimos uma parte das nossas promessas feitas há quatro anos. Mas se não cumprimos umas, cumprimos outras. Também para falar verdade, em 2009 sabíamos da situação financeira da Câmara e o nosso principal objetivo era salvar-nos da falência”, afirmou Carlos Ávila, na apresentação da sua candidatura esta segunda-feira à noite na Povoação.
O socialista Carlos Ávila foi presidente da Câmara Municipal da Povoação, na ilha de São Miguel, entre 1993 e 2001, voltando apenas ao poder em 2009, depois de ter perdido a autarquia para o PSD durante oito anos.
Assumindo que o atual mandato “foi o mais difícil” da sua vida, dado que a par do processo de falência da Câmara, teve de lidar com a crise financeira do país, que fez diminuir as receitas municipais e muito afetou a vida das empresas e das famílias do concelho, um esforço que disse ter resultado.
“Retiramos a Câmara da falência e reduzimos a dívida municipal em mais de 17 milhões de euros, passando de 37 milhões de euros para 20 milhões. Reduzimos substancialmente a dívida das nossas empresas e acudimos ao desemprego e às necessidades das nossas famílias, aproveitando os programas de emprego que enformam a magnífica política social do Governo Regional”, referiu o candidato socialista às eleições autárquicas de 29 de setembro.
Para Carlos Ávila, “não havia outra forma de governar o concelho” nos últimos quatro anos, destacando a importância de haver “muita transparência e muita seriedade” na gestão dos dinheiros públicos.
“É bom que o nosso concelho não caia de novo em aventureirismos, que mais uma vez nos poderiam prejudicar a todos. O dinheiro não cai do céu. Está muito escasso e portanto é preciso ter muito cuidado com as promessas e as ofertas. Nesta campanha é preciso rigor e muita seriedade”, alertou.
Para o líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, a recandidatura de Carlos Ávila é “um símbolo de tenacidade, determinação, competência e liderança de um homem e de uma equipa”, que conseguiu “arrancar o concelho da subordinação do Ministério das Finanças, para o qual havia sido atirado por incúria, incompetência e desleixo do PSD”.
“Este trabalho deve continuar. Este trabalho merece continuar, para conseguir cada vez mais”, afirmou Vasco Cordeiro, que prometeu ser um parceiro da autarquia ao nível das acessibilidades, criação de emprego e condições de segurança e operacionalidade do porto local, cujas obras já decorrem.

 

 

Lusa

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