Autonomia não deve ser encarada como “empecilho” ou “obstáculo” – Vasco Cordeiro

“Há muito que a posição geoestratégica dos Açores é considerada como um fator de oportunidade para a afirmação de Portugal no Mundo e para a potenciação de parcerias e alianças”, defendeu o Presidente do Governo Regional, durante uma conferência no âmbito do Curso Superior de Defesa Nacional 2013/2014 e do III Curso Intensivo de Segurança e Defesa que decorreu esta terça-feira na Universidade dos Açores.

Para Vasco Cordeiro, que falava perante os auditores dos dois cursos promovidos pelo Instituto de Defesa Nacional, os Açores devem tirar partido dessa posição de ligação entre a Europa e os Estados Unidos, ora enquanto fronteira, ora como ponto de apoio, ou mesmo como centro de funções de interesse transatlântico.

“É minha firme convicção que a Região e o País podem ter muito a ganhar se, às funções históricas e diplomáticas já firmadas, em particular, assentes na longa presença do contingente militar norte-americano na Ilha Terceira, conseguirmos, em conjunto, acrescentar outras valências que permitam retirar todo o potencial geoestratégico que os Açores apresentam e que continua evidente”, sublinhou o Governante, considerando que “seja nos domínios do Mar, do conhecimento, da proteção de fronteiras, mas também de provisão de serviços de caráter comercial ou de natureza energética, que sirvam o conjunto dos objetivos da Região, do País, da União Europeia e dos nossos aliados, os Açores têm, novamente, um papel a desempenhar na História”.

O Presidente do Governo frisou ser imperioso que Portugal não encare a Autonomia dos Açores como um “empecilho ou um obstáculo” neste percurso, mas antes como uma “mola que pode impelir o país a avançar e a afirmar-se na vanguarda deste quadro de interesses, garantindo a dimensão e a projeção atlântica e estratégica necessária para isso”, reforçando que “a nossa Autonomia nunca, em qualquer circunstância, diminuiu Portugal. Estou, aliás, certo que, por não querer ou não saber aproveitá-la, foi sempre o País que se autolimitou e diminuiu”, disse, convicto que “os Açores podem assumir uma nova posição” contribuindo para “definir o que seremos enquanto Nação nas próximas décadas, no plano internacional”.

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