O Secretário Regional da Educação e Cultura manifestou hoje a expetativa de que no próximo ano letivo, 2020-2021, o sistema educativo regional tenha a “capacidade de fazer a necessária” recuperação de aprendizagens.
Avelino Meneses, que falava, por videoconferência, numa audição na Comissão de Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa, salientou que a opção regional de se “avançar com matérias novas”, bem como em matéria de avaliação no ensino à distância, teve em conta a “não descredibilização” do novo sistema.
“Ninguém acreditaria nele e não teríamos os ganhos que hoje temos de acréscimo de competências digitais, ganhos que levam a que, a partir de agora, o ensino à distância vai ser permanentemente um complemento do ensino presencial, e é bom que o seja”, afirmou.
Para o titular da pasta da Educação, se houver mais alguma situação epidemiológica semelhante àquela que vivemos, “há mais condições para que o ensino à distância se apresente como uma alternativa mais válida ao ensino presencial, embora nunca o substitua”.
Avelino Meneses afirmou ainda que, nesta conjuntura de pandemia, que motivou o encerramento dos estabelecimentos escolares, a escola, através dos seus dirigentes e professores, “montou e desenvolveu” num curto espaço de tempo “um sistema” de ensino à distância que se mostra “adequado”.
No futuro, acrescentou, é necessário apostar num maior investimento em tecnologia e na formação, um processo já foi iniciado, mas que “necessita ser reforçado”.
O Governo dos Açores procedeu, com a adoção do ensino à distância no início do terceiro período, ao empréstimo de 2.500 computadores a alunos e a alguns docentes e de mais de 1.450 equipamentos de acesso à Internet, salientou o Secretário Regional.
Avelino Meneses considerou ainda que já foram dados passos na área da formação e informação de docentes, alunos, pais e encarregados de educação, através da criação de um espaço próprio no Portal da Educação.
Entre os diversos projetos formativos em curso no âmbito do ensino à distância, o Secretário Regional destacou a formação ministrada pela Universidade Aberta, instituição universitária nacional com credenciais na área do e-learning, a cerca de quatro centenas de professores da Região, com uma duração de 25 horas, a que se seguirão outras, com duração variáveis.
Por outro lado, referiu que a Direção Regional da Educação constituiu uma equipa com cerca de cinco dezenas de técnicos para apoio online a alunos e professores.