Azores Fringe Festival 2015: Encontro Pedras Negras reuniu escritores de 3 ilhas

Durante este primeiro fim-de-semana de 32 dias de arte e artistas, a associação deu as boas vindas a escritores das ilhas de São Miguel, Flores e Pico.

O objectivo do encontro foi dar a conhecer as mais variadas formas de escrita e alguns escritores que chamam os Açores de sua casa. Entre conversas, apresentações sobre escritores, de outros tempos, e partilha de obras e biografias de novos escritores, foi um fim-de-semana bem recheado entre o concelho das Lajes do Pico e a Madalena.

O escritor picoense Manuel Tomás apresentou o seu novo livro, O Pintor Excessivo, mas também participou, na sexta-feira à noite, no evento de abertura do encontro, com uma apresentação sobre o grande escritor Dias de Melo.  

“Os Três Florentinos” foi a apresentação da Gabriela Silva, que veio ao encontro, oriunda da ilha das Flores.

Os jovens Pedro Paulo Câmara e Carolina Cordeiro levaram os participantes numa viagem pelas palavras de escritores açorianos dos séculos XIX e XX.

A tarde de sábado foi preenchida com conversas sobre a publicação de livros nos Açores e mostra de trabalhos pelos participantes.

A visita à Calheta de Nesquim, berço de Dias de Melo e onde passou muitos dos seus dias, ficará registada como sendo um momento único, tendo alguns participantes manifestado a sua desilusão “ao ver ao abandono os alicerces do que resta da vida de um grande homem”. 

“A conjugação dos verbos ser e dar, espelhados no rosto de um homem e retratados num momento do tempo,” partilha Malvina Sousa, quando falava do encontro com o escritor picoense Ermelindo Ávila, que está prestes a celebrar o seu centenário de vida, ” foi um momento inspirador”. 

O encontro terminou no Domingo com um “Brunch de Letras”, onde os participantes partilharam alguns dos seus trabalhos através da declamação dos mesmos.

 Terry Costa, diretor artístico da MiratecArts e organizador do Encontro Pedras Negras, deseja continuar com este projeto anualmente: “Viajando de ilha para ilha seria o ideal. O encontro será cada vez mais apetecível se formos re-inventando as temáticas abordadas e, claro, homenageando escritores açorianos de outros tempos, enquanto partilhando o trabalho dos escritores locais que produzem e publicam obras literárias. Incentivar os mais jovens a realizar pesquisa e publicar os seus trabalhos, quer tenham ou não a haver com os Açores, é muito importante. O que é necessário é participar, partilhar, editar: As nossas histórias necessitam de ser contadas”, disse.

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