BE alerta para gravidade da situação financeira da Universidade dos Açores

O BE alertou hoje para a gravidade da situação financeira da Universidade dos Açores, considerando que o corte orçamental imposto pelo Governo da República “coloca em causa” o funcionamento desta instituição de ensino superior.

“A Universidade dos Açores, tal como a conhecemos, está em perigo”, afirmou José Cascalho, deputado regional do BE, numa declaração política na Assembleia Legislativa dos Açores, recordando que a universidade “tem sido um dos pilares de desenvolvimento da região”.

José Cascalho considerou a Universidade dos Açores “indispensável à região” e frisou que a sua tripolaridade é uma “vantagem”, já que a repartição pelos polos de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta “contribui para o dinamismo económico” das ilhas onde estão instalados.

Para o BE/Açores, esta é uma situação que pode estar em risco, já que o corte orçamental imposto pelo Governo da República tem como “resultado imediato” a eliminação de cursos no polo de Angra do Heroísmo.

Por outro lado, este corte no financiamento implica o aumento das propinas, o que conduzirá a uma perda de alunos, tornando o ensino “elitista, apenas para os que podem pagar”.

“Esta situação augura um descalabro para o futuro dos Açores”, frisou José Cascalho, recordando que a região tem apenas 10 por cento de licenciados, ou seja, três vezes menos que a média europeia.

No debate que se seguiu a esta declaração política, o secretário regional da Presidência, André Bradford, também criticou o corte de verbas para a Universidade dos Açores, que considerou ser “um caso grave de negligência do Estado para com os açorianos”.

No mesmo sentido, José San Bento, do PS, frisou que o “abandono” a que o Estado votou a Universidade dos Açores é uma “situação grave, injusta e inqualificável”.

Aníbal Pires, do PCP, também criticou a “desresponsabilização do Estado”, alertando que está a ter “consequências dramáticas”.

Por seu lado, António Marinho, do PSD, recordou que a atual situação resulta de erros do passado, frisando que “alguém deixou o país sem dinheiro”, numa alusão aos governos socialistas de José Sócrates.

A questão foi também referida por Artur Lima, do CDS-PP, para quem “a dívida da Universidade dos Açores não saiu agora do chão”.

“Há quanto tempo o Governo da República não apoia a Universidade dos Açores?”, questionou Artur Lima, acrescentando que “Mariano Gago (ministro do Ensino Superior nos governos socialistas) foi o primeiro carrasco da Universidade dos Açores”.

 

Lusa

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