BE exige que o Governo Regional se pronuncie sobre privatização dos aeroportos da ANA nos Açores

O Bloco de Esquerda Açores exige que o Governo Regional quebre o tabu e se pronuncie sobre a privatização dos aeroportos da ANA nos Açores, alertando para os enormes custos que a venda destas infra-estruturas representará para a vida dos açorianos e para o desenvolvimento da Região.

Considerando que a política de privatizações anunciada pelo Governo da República do Partido Socialista se trata de um grande disparate, quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista do desenvolvimento estratégico sustentado do País, Zuraida Soares não aceita o silêncio do Governo Regional sobre as repercussões desastrosas desta política nos Açores, nomeadamente no que diz respeito aos transportes aéreos – “um dos pulmões fundamentais” para o desenvolvimento  da Região – através da privatização dos aeroportos de São Miguel, Santa Maria, Faial e Flores.

 

Tendo em conta que a gestão das instalações aeroportuárias dos Açores é deficitária – sendo que só o seu enquadramento no universo da ANA, empresa pública de rentabilidade, permite a sua sustentabilidade –, e independentemente do consórcio vencedor da privatização, a gestão da ANA terá como único objectivo o lucro a todo o custo, o que irá significar menos investimento e um pior serviço, lembra a deputada Zuraida Soares.

Este argumento não  é invenção do Bloco de Esquerda. E a provar isto mesmo está  o estudo encomendado pela ANA, realizado pela Boston Consulting Group, que aponta para um aumento de 260%, nos preços a cobrar a cada passageiro, caso fossem privatizados os quatro aeroportos da empresa nos Açores.

 

Quanto à possibilidade de regionalização destes aeroportos da ANA, referida “de passagem” pelo presidente do Governo Regional, o Bloco de Esquerda levanta algumas dúvidas no que diz respeito às contrapartidas: “Será que o Governo Regional vai sacrificar os nossos parcos recursos, cortando nos apoios sociais, na educação e na saúde – já de si tão deficitários – para engordar o capital financeiro que se abotoa com mais uma parceria pública/privada, ruinosa para o povo português, no seu conjunto?”. 

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