BE insiste na auditoria técnica ao projeto e à construção do molhe norte do porto da Horta

O Bloco de Esquerda quer que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil alargue o âmbito do estudo que está a ser realizado ao porto da Horta, de modo a incluir uma auditoria técnica ao projeto e à construção do molhe norte, e a apresentação das soluções técnicas necessárias e ótimas para resolver os problemas de agitação marítima do porto, incluindo eventuais modificações ao molhe norte. A proposta foi entregue hoje no parlamento com pedido de urgência, para que possa ser debatida já na próxima semana.

A proposta do Bloco de Esquerda prevê ainda a encomenda de estudos financeiros para cada uma das soluções técnicas identificadas, elaborados por entidades reconhecidamente capacitadas para o efeito.

Uma proposta com o mesmo objetivo, apresentada em abril de 2017 pelo Bloco de Esquerda, teve o voto favorável de todos os partidos da oposição, mas acabou chumbada pela maioria absoluta do PS, esperando agora o Bloco, “que os partidos que agora integram o governo mantenham o seu sentido de voto, fazendo com que a proposta seja desta vez aprovada”.

O Bloco considera que “uma obra desta envergadura e com esta importância para ilha, só se faz uma vez na vida e deve ficar bem feita”, e que, por isso, “as decisões futuras relativas às intervenções no porto da Horta devem assentar no melhor e mais rigoroso apoio técnico”.

“Não faz sentido avançar com a próxima fase das obras de requalificação do porto da Horta sem, primeiro, identificar, por meios científicos, os erros das obras anteriores, as suas consequências e possíveis soluções”, defende o BE, recordando que “o projeto inicial do molhe norte, inicialmente estudado com determinada dimensão e ângulo, foi substituído por outro de muito menor dimensão e diferente posicionamento, sem que tivesse sido realizado qualquer estudo físico por uma entidade qualificada e certificada”.

“O tempo tem provado que esta grande e dispendiosa obra foi tratada com menos seriedade do que aquela que era exigida e que – mais grave ainda – não teve em conta os reais interesses da economia da ilha e o respeito que merecem os faialenses”, refere ainda o Bloco de esquerda.

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