BE propõe auditoria às contas da SATA e suspensão da privatização

Uma proposta do Bloco de Esquerda a solicitar que o Tribunal de Contas faça uma auditoria às contas da SATA “para identificar as necessidades de recapitalização da empresa e apontar recomendações para o seu saneamento financeiro e para a sua sustentabilidade futura”, deu hoje entrada na Assembleia Legislativa, com pedido de urgência, para que possa ser debatida e votada ainda esta semana, no decorrer dos trabalhos parlamentares.

A proposta defende que o Governo Regional suspenda o processo de privatização até à conclusão da auditoria, alertando o deputado António Lima “que a opção do Governo Regional pela privatização “pode transformar-se num caminho desastroso”, tendo em conta que a SATA é estratégica para os Açores, não só porque é a garantia da mobilidade dos açorianos e açorianas para o exterior do arquipélago, mas também por ser um instrumento de intervenção na economia regional.
“É imperativa uma clarificação total da situação financeira do Grupo SATA, e em particular da Azores Airlines. Só assim é possível, de forma transparente, encontrar as soluções que
permitam a viabilização da empresa e a sua continuidade enquanto empresa pública
estratégica”, disse o deputado do BE, em conferência de imprensa.

O BE alertou ainda para “as consequências negativas” da anunciada privatização da SATA, considerando que esta “põe em causa o acesso à mobilidade com o exterior dos açorianos e açorianas e acaba com a capacidade do Governo Regional de atuar sobre a economia em momentos de crise, como aconteceu durante o pico da crise iniciada em 2008, em que a SATA suportou milhões de euros de prejuízo para salvar o sector do turismo nos Açores”. defendem os bloquistas.
Privatizar a SATA é entregar a empresa a “interesses estranhos e contrários aos Açores”, porque “num quadro da aquisição de capital social por uma empresa de maior dimensão, esta passará a deter o poder de definir a estratégia da SATA, de acordo com os seus interesses que, nem sempre, nem necessariamente, serão coincidentes com os da Região”, explica António Lima.

 

 

Açores 24Horas / NI

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