BE quer recuperação de consultas e cirurgias e reforço da deslocação de especialistas

Foto de Arquivo

O Bloco de Esquerda defendeu hoje, a implementação de um programa musculado de recuperação de consultas e cirurgias e um programa especial de deslocação de especialistas às ilhas sem hospital para evitar deslocações de utentes.

As propostas fazem parte do documento que foi hoje enviado ao presidente do Governo Regional com contributos para o “Roteiro da Região Autónoma dos Açores – Critérios para uma saída segura da pandemia Covid-19”, onde António Lima, coordenador do BE Açores, lamenta que “a constante suborçamentação do Serviço Regional de Saúde ao longo dos anos” tenha provocado “falta de meios humanos e técnicos”, e insiste que é necessário um forte investimento público na Saúde.

Perante a desaceleração do contágio, o BE entende que a região parece estar em condições de iniciar progressivamente esta “saída segura”, mas alerta para a importância de ser realizada uma “campanha séria e intensa de divulgação dos comportamentos sociais e das normas sanitárias exigidas”, e concorda com o Governo Regional relativamente a uma “saída faseada, com monitorização permanente e sujeita a hipotéticos recúos, que niguém deseja”.

“Se a saúde é a prioridade das prioridades, não vislumbramos no documento linhas orientadoras para a crise económica e social que hoje já é real”, lê-se na missiva dirigida a Vasco Cordeiro.

O BE lembra que “os Açores são a região do país com a maior taxa de risco de pobreza”, por isso, exige apoio aos trabalhadores que estão em lay-off – que vêem os seus rendimentos reduzidos – e a criação regional de um apoio para quem não se enquadra em nenhuma das medidas de apoio nacionais ou regionais já criadas. Duas medidas que o BE vai levar ao plenário do parlamento dos Açores.

“Sabendo que a economia da Região está profundamente dependente do mercado interno e do investimento público, que as empresas para subsistirem precisam de compradores, e que as famílias precisam de meios para sobreviverem, exige-se um reforço do investimento público, desde logo no Serviço Regional de Saúde, e mesmo uma análise da sua programação, de forma a abreviar a sua execução, defende o Bloco.

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