BE quer referendo sobre incineração em S. Miguel e defende suspensão do atual projeto

foto-beO Bloco de Esquerda desafiou, esta segunda-feira, a Associação de Municípios de São Miguel (AMISM) a suspender o processo de construção da central de incineração que está em curso, e defendeu a realização de referendos locais em todos os concelhos da ilha, para que haja um esclarecimento sobre todas as alternativas.

António Lima, coordenadora da Comissão de Ilha de São Miguel do BE, diz que se o PS não quiser ouvir as pessoas sobre esta matéria “é porque tem medo de não conseguir justificar” o atual projeto de construção de uma mega incineradora, ou “porque está a tentar esconder alguma coisa”.

“É preciso que haja discussão, que os estudos que existem sejam tornados públicos e sejam discutidos, e que os especialistas sejam ouvidos, para que toda a gente possa tomar uma decisão em consciência”, disse o dirigente do BE para justificar a defesa da realização de referendos locais, uma proposta que o BE realizou ainda em 2014 em Ponta Delgada e na Ribeira Grande, e que foi rejeitada por PS e PSD em ambas as assembleias municipais.

“Se o PS defende que as pessoas sejam ouvidas sobre a construção de um aquário em Ponta Delgada – posição assumida por Vasco Cordeiro – também tem que aceitar a realização de um referendo sobre “uma questão fundamental como o modelo de gestão de resíduos, que tem impactos ambientais, económicos e sociais profundos no futuro da Região”, salientou António Lima, que considerou que “qualquer opção tem que ser justificada e sustentada por estudos científicos”.

O BE é contra a opção pela incineração nos Açores por considerar que não responde às necessidades de aumento das taxas de reciclagem que a Região está obrigada a cumprir até 2020, por ser de muito duvidosa sustentabilidade económica e por colocar em risco a saúde pública.

“É preciso estudar e optar pela que seja mais vantajosa em termos ambientais, económicos e de saúde pública. A atual opção não serve”, disse António Lima, que acrescentou que “queimar é a opção que comporta mais riscos e mais custos”.

Presente na conferência de imprensa realizada esta tarde em Ponta Delgada, Zuraida Soares, coordenadora regional do BE e deputada, admitiu levar o assunto ao parlamento, mas, para já diz que é preciso “esperar pelo resultado da reunião de amanhã da AMISM, que irá abordar esta questão”.

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