BE/Açores diz que “faltam medidas corajosas” e “antirrecessivas” no orçamento regional

O BE/Açores considerou esta segunda-feira que “faltam medidas corajosas e antirrecessivas” no Plano e Orçamento regional para 2013 que permitam à região “flutuar de uma forma sustentável” na crise “profunda do país”.
 

“Não há medidas de contraciclo, antirrecessivas, corajosas e eficazes que permitam a esta região flutuar de uma forma sustentável na crise profunda em que o país está mergulhado. E esta região vai piorar”, afirmou a líder do BE/Açores e deputada regional, Zuraida Soares.

Zuraida Soares falava aos jornalistas após um encontro com a Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, com vista à preparação do debate no Parlamento regional das propostas de Plano e Orçamento dos Açores para 2013 entregues pelo Governo da região aos deputados.

Sem avançar o sentido de voto do BE, disse que “faltam medidas corajosas”, que “aliás foram prometidas durante toda a campanha eleitoral de outubro” pelo PS/Açores, e garantiu que o Bloco vai apresentar propostas de alteração.

Zuraida Soares exemplificou que o BE/Açores tinha proposto, aquando da audição sobre a Agenda Açoriana para o Emprego e Competitividade, “um plano de emergência de reabilitação urbana e privada”, que permitiria criar “imediatamente” emprego e “salvar” empresas, e ainda o pagamento do subsídio de férias na região, mas frisou que esta não foi a opção do Executivo açoriano, apesar de ter “autonomia” para tal.

“Não o faz porque não quer. Continuamos a propor o aumento do salário mínimo regional em 10 euros, bem como o complemento de pensão para os aposentados que recebem abaixo do salário mínimo regional, em 15 euros”, acrescentou Zuraida Soares, para quem o Governo Regional socialista deveria ter “coragem de assumir com lucidez as dificuldades que os açorianos passam”, alertando para “a brutal” taxa de desemprego e para a diminuição do poder de compra.

Para Zuraida Soares, é “confrangedor que o Governo Regional se congratule com o facto de a taxa de desemprego na região ser umas décimas mais baixas do que a nível nacional”, uma “afronta” aos “quase 25 mil desempregados” na região.

“Além de ser uma afronta é um tipo de análise que desvalorizando e menorizando a tragédia do desemprego na vida de cada homem, mulher e jovem, fica muito perto dos discursos de Passos Coelho quando a cada novo aumento de taxa de desemprego ele diz que já estava tudo previsto”, criticou.

Zuraida Soares chamou ainda a atenção para as “permanentes e indecentes derrapagens” nas obras públicas nos Açores.

“Desafio o Governo Regional a dar o exemplo de uma obra pública nesta região, desde as escolas, até às SCUT, que não tenham derrapado. Se isto não é feito de propósito para garantir dinheiro a alguns em detrimento de todos os outros, então só pode ter uma explicação: é incompetência, é incapacidade de planificar uma obra e é, no mínimo, abusar de recursos financeiros públicos que são de todos e não são do Governo Regional”, apontou.

 

Lusa

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