A líder regional social-democrata falava no final de um encontro com agentes de solidariedade social e dirigentes de instituições particulares de solidariedade social (IPSS) de S. Miguel, onde foi sugerida a criação de um conselho consultivo para esta área.
“As IPSS têm um trabalho muito meritório, mas que tem que ser mais articulado e bem planeado, tendo sido aqui sugerido um conselho consultivo para fazer uma coordenação geral da ação das instituições para que não haja duplicação de intervenção e menor racionalização dos recursos disponíveis”, frisou.
Berta Cabral salientou que existe entre estas instituições “uma imensa vontade de colaborar, de trabalhar, de resolver problemas, mas também uma necessidade de maior planeamento, maior articulação e maior monitorização e fiscalização ao nível de quem recebe”.
“É preciso uma triagem correta e rigorosa para que quem precisa seja apoiado e quem não precisa não esteja a consumir recursos que fazem falta a outros”, defendeu, acrescentando ter “ficado clara a ideia de que pode haver situações de duplicação de apoios”.
A presidente do PSD/Açores considerou que a reunião foi “importante”, salientando que as experiências pessoas que ouviu são relevantes para que “quem quer ter responsabilidades futuras” possa conhecer as necessidades concretas da sociedade.
“É necessário programar uma intervenção a dois tempos. Uma, a curto prazo, de emergência para situações concretas que não se podem degradar mais porque não se trata de números, mas de pessoas que todos os dias têm problemas que precisam de ser resolvidos. Outra, mais estrutural, de estímulos à economia, de criação de condições de inclusão para as pessoas”, afirmou.
Berta Cabral defendeu ainda a necessidade de “pôr os técnicos de ação social no terreno, dignificá-los e dar-lhes as ferramentas necessárias para que desempenhem a sua ação”.
Nas declarações que prestou aos jornalistas, Berta Cabral reafirmou ainda o “compromisso do PSD/Açores de equiparar os técnicos de ação social aos funcionários públicos”.
“Não faz sentido que técnicos exercendo o mesmo serviço público não tenham a mesma remuneração”, afirmou.
Por outro lado, considerou ser importante o “contributo que podem dar os que recebem”, considerando que “as pessoas em idade ativa que podem dar um contributo, devem colaborar através de serviço cívico”.
Lusa