Berta Cabral defende aposta na investigação e inovação para políticas públicas saudáveis

A presidente da Câmara de Ponta Delgada, Berta Cabral, defendeu hoje a aposta no conhecimento técnico e científico que permita “programas de intervenção de alta qualidade” e “políticas públicas saudáveis”, nomeadamente para o combate ao problema das dependências.

 

“Se apostarmos na investigação científica e na inovação tecnológica, conseguiremos orientar os nossos esforços para programas de intervenção de alta qualidade”, afirmou Berta Cabral, que é também líder do PSD/Açores.

Na sessão de encerramento do II Congresso Internacional de Aditologia, Berta Cabral sublinhou que “existem bons exemplos” de recuperação e abandono do consumo de dependências, mas considerou que “continuam a existir exemplos que evidenciam problemas na acessibilidade à informação, às medidas de promoção da saúde, à prevenção da doença e até aos cuidados terapêuticos e de reabilitação”.

Para Berta Cabral, este é um combate que “não pode ser levado a cabo com sucesso apenas com políticas locais, regionais ou nacionais”, frisando ser um desafio “permanente e urgente” que exige uma resposta “verdadeiramente transnacional, marcada por uma cooperação internacional e estratégias concertadas”.

“Com a cooperação adequada conseguiremos promover atitudes concertadas com vista a uma redução dos níveis preocupantes de alcoolismo, de tabagismo e do consumo de drogas que persistem entre as camadas mais jovens da nossa população”, disse.

Para Berta Cabral, a escolha de “políticas públicas saudáveis” deve mobilizar as forças politicas, parceiros sociais, autarquias, sociedade e instituições de solidariedade.

Mas, acrescentou, “também às universidades, e à dos Açores em particular, caberá alargar o âmbito da responsabilidade pela escolha de políticas públicas saudáveis”.

Além disso, Berta Cabral defendeu que é preciso conhecer bem o fenómeno do consumo de drogas, álcool e tabaco, nomeadamente “os padrões de consumo, as pessoas atingidas, as substâncias envolvidas, as redes de produção e de distribuição, as componentes internacionais e as condicionantes locais”.

“Precisamos por isso de cidadãos mais conhecedores, mais bem informados, mas críticos nas suas escolhas. Precisamos de políticas de família e de uma atenção crescente aos nossos jovens e sues estilos de vida. Precisamos de cidades saudáveis onde os mais novos encontrem um ambiente que os afaste das tentações do consumo, reforçou.

Teresa Medeiros, pró-reitora da Universidade dos Açores, defendeu igualmente a importância de uma metodologia de “parcerias e a congregação de sinergias entre as instituições para resolver os problemas das comunidades e famílias”.

“Se continuarmos isoladamente a clivar soluções ou a fazer abordagens diagnosticas isoladas não conseguimos ultrapassar os problemas do quotidiano”, defendeu.

 

Lusa

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