Berta Cabral diz que Governo “deve estar arrependido” de ter criado remuneração compensatória

A presidente do PSD/Açores, Berta Cabral, afirmou quarta-feira que o governo regional socialista “já deve estar arrependido” de ter criado a “injusta” remuneração compensatória para a administração pública regional, mas frisou que não pode “voltar atrás”.

“É muito injusta, o governo já deve estar arrependido de ter tomado esta decisão”, salientou a líder regional do PSD, acrescentando que o executivo açoriano, de maioria socialista, “meteu-se num processo do qual não sabe como sair”.

Berta Cabral, que falava aos jornalistas esta noite na Horta, Faial, antes de participar num encontro com autarcas e militantes sociais democratas, reagia à anunciada intenção do PS de apresentar uma proposta legislativa no parlamento regional para alargar às autarquias a remuneração compensatória que o executivo criou para os trabalhadores da administração pública regional que ganham entre 1.500 e 2.000 euros mensais.

Para Berta Cabral, esta proposta demonstra que o executivo liderado por Carlos César está à procura de “aliados para esta causa”, defendendo que “a maioria das pessoas não beneficia” com esta medida, que visa minimizar os cortes salariais impostos pelo OE2011.

“A maioria dos trabalhadores ganha o ordenado mínimo nacional e a maioria dos trabalhadores da função pública e das autarquias ganha 600 euros, não ganha mais do que isso”, frisou, acrescentando que um trabalhador que ganha 600 euros mensais “não compreende” como é que o governo está preocupado em compensar quem ganha 1.500 euros.

A líder do PSD/Açores considerou que “esta medida não é justa e não é equitativa”, defendendo que “quanto mais se procura levá-la para a frente mais se descobre que há situações de falta de equidade dentro dos locais de trabalho”.

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