Berta Cabral eleita com 98,5 por cento dos votos

Jorge Macedo adiantou à agência Lusa que a única candidata à liderança do Partido obteve 2.410 votos, sendo os restantes 36 nulos, brancos e contra.

    As segundas “directas” na história do PSD/Açores elegeram, também, 300 delegados ao XVIII Congresso Regional do Partido, agendado para 16,17 e 18 de Janeiro, em Ponta Delgada.

    No discurso de vitória, a primeira mulher a liderar o Partido nos Açores disse sentir uma “motivação ainda maior” para definir no congresso o rumo e abrir o PSD/Açores à sociedade.

    “Todos juntos vamos construir um novo PSD. Que não renega o seu passado mas que está concentrado no futuro”, afirmou Berta Cabral, apontando como meta principal vencer as eleições regionais em 2012.

    Por estar na política com “determinação nas convicções” e por “cumprimento dos compromissos, a nova líder assegurou que o PSD regional coloca o interesse dos Açores acima do interesse partidário.

    Neste âmbito, apontou como exemplo o facto da estrutura regional se ter demarcado da direcção nacional na orientação de voto do Estatuto Político Administrativo dos Açores sexta-feira na Assembleia da República, “não por mera estratégia mas por uma profunda convicção”.

    A Comissão Política Nacional do PSD, que esteve reunida terça-feira à noite, decidiu abster-se na votação do Estatuto.

    “(O PSD) não vota contra como esperava o PS/Açores. Também não vota a favor como desejava o PSD/Açores. Mas, nos Açores, pensamos pela nossa cabeça”, afirmou Berta Cabral, acrescentando que, por isso, os dois deputados açorianos (Mota Amaral e Joaquim Ponte) na Assembleia da República “votarão favoravelmente”.

    “Gostaria que o Partido a nível nacional tivesse votado a favor. A abstenção é uma posição que no mínimo transmite compreensão para com o Estatuto dos Açores tal qual está formulado”, explicou à Lusa Berta Cabral.

    Vários militantes que apoiaram a candidatura de Berta Cabral ouviram a presidente eleita defender na sede do Partido, em Ponta Delgada, a necessidade de um revisão das actuais obrigações de serviço público ao nível do transporte aéreo para o Arquipélago, que se traduza num “quadro mais adequado de indemnizações compensatórias” pago às transportadoras aéreas (TAP e SATA Internacional).

    “Sem prejuízo para as companhias aéreas queremos uma redução real do custo das passagens para os residentes”, reivindicou Berta Cabral, sem quantificar.

    Natural de Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Berta Cabral desempenhou na década de 80 os cargos de directora regional do Tesouro e dos Transportes e Comunicações, antes de ser nomeada, em 1995, secretária regional das Finanças e Administração Pública, no VI Governo açoriano, chefiado pelo social democrata Mota Amaral.

    A economista, de 56 anos, que foi também administradora da Eléctrica açoriana (EDA), presidente do Conselho de Administração da SATA Air Açores e deputada no Parlamento açoriano, está desde 2001 à frente da Câmara Municipal de Ponta Delgada.

in Lusa/AOriental

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