Bombeiros de Ponta Delgada decidem mudança de instituiçã​o de apoio a toxicodepe​ntes

Os sócios dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada vão ser chamados a decidir, até 15 de junho, se a corporação avança ou não a construção, num terreno seu, da sede de uma instituição de apoio a toxicodependentes.
A deslocalização para os terrenos dos bombeiros da Associação Regional de Reabilitação e Integração Sócio Cultural dos Açores (ARRISCA), que detém a exclusividade do programa de substituição de droga por metadona, está a ser contestada pelo conselho executivo, pais e estudantes da escola das Laranjeiras, que se localiza a poucas centenas de metros.
Antes, foram os comerciantes da baixa de Ponta Delgada que manifestaram ao presidente da Câmara, José Manuel Bolieiro, a sua oposição à deslocalização da estrutura de apoio a toxicodependentes para o centro da cidade.
“Nós estávamos a tratar da instalação da ARRISCA o mais depressa possível. Mas, a partir do momento em que há uma politização do assunto e uma vez que preservamos a parceria que temos com a instituição e a opinião da sociedade civil, a única coisa que nos resta é antecipar a reunião da assembleia geral”, disse Vasco Garcia, presidente da direção dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada.
“É preciso que os sócios decidam se estão de acordo que se continue nesta via”, explicou.
Segundo Vasco Garcia, a concretizar-se o projeto, a ARRISCA pagará uma renda pela ocupação do terreno e tudo aquilo que signifique mais verbas para os bombeiros “é positivo”, mas “uma coisa é o rendimento” e outra as “consequências negativas” que podem advir.
Susete Frias, da direção da ARRISCA, condenou o “aproveitamento” do “medo”, que existe por “desconhecimento” da instituição e por “algum impacto” que alguns utentes possam ter na comunidade.
“Compreendo este receio. Talvez se conhecessem mais as valências e o tipo de população que a ARRISCA atende, que não são só toxicodependentes, doentes mentais ou pessoas com problemas com a justiça, mas pessoas da comunidade em geral que nos procuram, veriam que há uma panóplia de áreas em que nós contribuímos para ajudar a comunidade”, explicou Susete Frias.

 

Lusa

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