Caça ao coelho-bravo proibida em Santa Maria

O Governo dos Açores decidiu proibir a caça ao coelho-bravo em Santa Maria para evitar a disseminação de um surto de Doença Hemorrágica Viral que está “localizado em algumas zonas” desta ilha do Grupo Oriental.

Uma portaria da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, hoje publicada no Jornal Oficial, justifica esta proibição com a “necessidade de se adotarem medidas de modo a controlar as populações de coelho-bravo”, face ao surgimento daquele surto.

“É necessário impedir a disseminação desta doença durante a presente época venatória, de modo a minimizar os seus efeitos nas populações de coelho-bravo” da ilha de Santa Maria, acrescenta o documento.

O caçador Paulo Cruz, em declarações à Lusa, manifestou a “concordância” com a decisão, recordando que, “em casos de grandes surtos, o vírus mata cerca de 90 por cento dos efetivos”.

No caso de Santa Maria, Paulo Cruz alertou para os efeitos negativos que um grande surto poderá ter, atendendo a que “a ilha tem uma densidade populacional de coelhos muito grande”.

“O surto poderia espalhar-se, com consequências para a biodiversidade e até na economia, uma vez que a caça leva muitos caçadores à ilha”, afirmou.

Apesar da proibição da caça ao coelho-bravo, o executivo regional garantiu que “a salvaguarda das culturas agrícolas, em situações pontuais e localizadas, será sempre possível com o recurso à correção de densidade” daquela espécie.

 

Lusa

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