A preocupação da instituição que representa os empresários das ilhas Terceira, Graciosa e S. Jorge foi também assumida pela Associação de Indústrias da Construção Civil e Obras Públicas dos Açores (AICOPA), admitindo que muitas empresas do setor enfrentam a ameaça de insolvência.
“Devido a quebras na atividade resultantes da diminuição do volume de obras públicas e privadas, que se arrasta desde 2008, e aos problemas de acesso ao crédito, as empresas de construção civil confrontam-se com graves dificuldades financeiras”, afirmou Albano Furtado, presidente da AICOPA, em declarações à agência Lusa.
O processo de degradação do sector “tem sido contínuo”, frisou Albano Furtado, referindo como exemplo o número de ativos afetos à construção civil, que caiu de 18.300 para 15.800 nos últimos dois anos.
A persistências das dificuldades faz prever para breve o aumento das insolvências e dos despedimentos, admitiu o presidente da AICOPA, apontando como um dos fatores de instabilidade no setor a “incerteza” quanto ao plano de obras públicas a lançar pelo Governo Regional.
No mesmo sentido, um comunicado da Mesa da Construção Civil da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo considera que, numa conjuntura marcada pelas restrições ao financiamento bancário de obras privadas, “os investimentos públicos revelam-se fulcrais para o equilíbrio do setor”.