Um dia antes do prazo previsto, Ponta Delgada “recebeu” o Campo de São Francisco “das mãos” do Presidente do Município.
Esta terça-feira, numa cerimónia simbólica, José Manuel Bolieiro recusou inaugurar oficialmente o Campo de São Francisco, e “devolveu” o espaço público à comunidade, “uma devolução de um espaço público regenerado, com respeito pela memória e pela história”, disse no coreto do Campo, numa conferência de Imprensa que também contou com a presença de toda a vereação, Presidente da Assembleia e deputados municipais, empreiteiro, arquiteto, fiscais e colaboradores da autarquia.
A obra teve início em julho do último ano e o projeto inicial sofreu diversas alterações , as quais resultaram de uma intensa participação pública, o que, para José Manuel Bolieiro, representa a “democratização da democracia”. “Hoje, além do simbolismo da entrega à cidade do que é da cidade e do povo açoriano, quero manter uma prática que recusa o egocentrismo e valorize o dever de cumprir, com zelo, a missão de que estamos incumbidos” – frisou.
O edil defendeu que a obra “era para fazer”, não obstante as críticas que sofreu, e é agora devolvida à população, no que “quero que seja uma mudança de paradigma na gestão autárquica e “sem derrapagens de tempo, sem derrapagens financeiras”.
Considerado como um dos espaços mais emblemáticos da cidade de Ponta Delgada, o Campo de São Francisco, cuja obra de requalificação estava inicialmente orçada em 1,1 milhões de euro, acabou por custar 961 mil euros.