Câmara de Ponta Delgada interpôs providência cautelar contra retenção de 5% do IMI

A Câmara de Ponta Delgada, presidida pela social-democrata Berta Cabral, interpôs uma providência cautelar no Tribunal Administrativo para impedir a retenção de cinco por cento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) pelo Estado português.

A iniciativa foi hoje divulgada pela autarquia, considerando que está em causa “o interesse do município, a dignidade do poder local e o desenvolvimento do concelho”.

A providência cautelar interposta no Tribunal Administrativo de Ponta Delgada exige a suspensão da retenção daquela verba, seguindo as orientações dadas pela Associação Nacional de Municípios Portugueses, que contestou a portaria do ministro das Finanças sobre esta matéria.

No caso de Ponta Delgada, a retenção de cinco por cento do IMI em 2012 representaria uma perda de 270 mil euros, segundo uma estimativa da autarquia que tem como base a cobrança de 5,4 milhões de euros de IMI no ano passado.

Na nota que divulgou hoje, a Câmara de Ponta Delgada refere que a retenção de cinco por cento do IMI afetaria especialmente medidas como o pagamento de renda de casa a famílias carenciadas, os apoios à recuperação e conservação de habitação degradada e as comparticipações nas despesas com funcionamento de creches, ATL e centros de dia para idosos.

A contestação a esta medida do Governo da República já originou iniciativas idênticas de vários municípios dos Açores, entre os quais as câmaras municipais da Lagoa e da Ribeira Grande.

 

Lusa

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