Cantinho vermelhão na Invicta, presidido por Faialense

benficaAssim como os portistas têm a sua filial em Lisboa, também os benfiquistas têm o seu reduto na Invicta. A Casa do Benfica no Porto foi fundada em 1988, conta com cerca de um milhar de associados e é um dos locais predilectos dos adeptos encarnados.

 

Localiza-se na Rua de Camões. As paredes estão forradas com retratos alusivos ao clube da águia, sobretudo às velhas glórias. Mas também lá estão figuras dos tempos modernos, como Rui Costa, um dos homens fortes do futebol.

A BenficaTV é o prato forte das atenções televisivas, mas este núcleo portuense, à semelhança dos demais espalhados pelo país, tem outras valências: a rede informática permite adquirir bilhetes para os jogos no Estádio da Luz, logo no momento da compra. O Benfica disponibilizou a maquinaria para o efeito.

 

Escusado será dizer que, quem não vai à Luz, vibra, à séria, no mini-estádio da Casa do Benfica. As instalações têm serviço de bar. Por isso, junta-se o útil ao agradável. Cada olhadela para a TV, cada lance de perigo, pode ser acompanhado por um petisco ou por uma bebida. É assim todas as semanas. Só há folga na terça-feira. A casa portuense tem o mesmo símbolo da casa-mãe, fazendo a diferença com a Torre dos Clérigos, monumento que se juntou à águia, para lhe dar um condimento da Invicta.

 

O aniversário, em Novembro, é dia de festa. Este ano, o convidado de honra foi Ricardo Araújo Pereira, o conhecido humorista dos “Gato Fedorento”. O presidente Luís Filipe Vieira também já foi visita da filial.

 

A par das actividades lúdicas, e do acompanhamento diário da vida do clube, há cicloturismo e pesca desportiva. Fez-se uma experiência no futsal. Todavia, sem seguimento, pois a capacidade económica não o permitiu. Na pesca desportiva, sagraram-se campeões do Mundo em 2007! Um título que dá orgulho e um trabalho para repetir já no próximo ano, em mais uma edição do Mundial, marcada para o Algarve.

 

Como se vê, a actividade não é farta, mas algumas coisas vão surgindo. Também se promovem convívios nas várias épocas festivas. E, como é lógico, realizam-se excursões à Luz, em dias de jogo. Em média, vão três autocarros. A viagem custa 25 euros para os não sócios e 20 euros para os sócios.

 

Maria José Rosa Lima, a presidente da Casa desde 1996, também não vai perder este clássico. Começou como 2.ª Secretária da Mesa da Assembleia Geral. Depois, foi requisitada para a presidência. A sua delegação já foi eleita a Casa do Ano, numa votação que tem lugar todas as épocas, entre o universo benfiquista.

 

Maria José é farmacêutica e nunca se deu mal por estar inserida num mundo que, por tradição, era dominado por homens.

 

Nasceu no Faial, nos Açores. Cedo foi dominada pela paixão benfiquista. As vitórias, seguidas pela rádio, enchiam-lhe as medidas. Na juventude, para estudar Farmácia, mudou-se para o Porto, mas nunca mudou de clube.

Mais recentemente, elenca a morte de Fehér e o título de Trapattoni, ganho no Bessa, como os momentos marcantes. Do clássico, espera uma vitória, mas com fair-play. Diz que esta época o hábito de ganhar está instalado. Sonha com o título nacional e a ida à final da Liga Europa.

 

Em 2010, com a ansiada mudança de instalações para a Rua de Santa Catarina, conta encher de vida os três pisos do edifício. Será um regresso, pois a mais movimentada das ruas portuenses já acolheu a sede encarnada.

 

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