Carlos César acusa os vendedores de ficarem com “lucro” dos pescadores

O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, acusou os vendedores de peixe de ficarem com o “lucro” dos pescadores açorianos, ao transaccionarem o pescado vendido em lota a preços “exagerados”.
Num discurso que proferiu na cerimónia de lançamento da primeira pedra do novo bloco de casas de aprestos no Porto da Horta, Faial, Carlos César defendeu a necessidade de “um maior sentido de justiça” na remuneração dos homens do mar, criticando as “graves distorções” verificadas na venda do pescado, que acabam por retirar grande parte do lucro “a quem trabalha”.

“Temos assistido a situações em que o preço da primeira venda do pescado acaba por ser quatro ou cinco vezes menor do que aquele que representa a sua venda ao consumidor”, afirmou, frisando que “alguém fica indevidamente, ou de forma exagerada, com essa remuneração acessória nos bolsos, em detrimento daqueles que trabalham na actividade da pesca”.

Na sua intervenção, Carlos César lembrou o papel desempenhado pelo executivo regional na defesa da manutenção da Zona Económica Exclusiva (ZEE) dos Açores, lamentando que, em algumas áreas, como a gestão das águas açorianas, não possa fazer mais do que tentar influenciar quem decide.

“Em boa verdade, o presidente da Comissão Europeia não é funcionário do governo regional, por isso não podemos dizer quem, quando e como pode entrar na nossa ZEE”, ironizou Carlos César.

As 30 novas casas de aprestos que vão ser construídas junto à rampa de varagem do Porto da Horta representam um investimento de 700 mil euros.

Lusa

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