Carlos César afirma que há retoma económica mas quer o empenho de todos na luta contra a crise

carlos-cesar-assembleiaCarlos César disse ontem á  tarde que ao Governo dos Açores não faltam ideias, nem projectos e, muito menos, o sentido de recriar, inovar e alterar as medidas tomadas para o combate às dificuldades provocadas pela crise internacional.

 

 

No entanto, lamentou que, ao longo do debate suscitado pela interpelação do PSD ao Governo Regional sobre a situação económica e social, o partido interpelante – ao contrário do que fizeram as restantes representações da oposição – não tenha avançado com “uma única proposta, uma única sugestão.”

 

 

Sublinhando não se poder avaliar os progressos ou retrocessos de uma região como a dos Açores de forma isolada, mas sim com todos os efeitos que lhe são impostos pela sua integração num mundo cada vez mais global, Carlos César apontou a incongruência da argumentação social-democrata que, ao mesmo tempo, pretendeu ignorar “o que se passa lá fora” e desvalorizar os índices de crescimento dos Açores superiores aos da Madeira, do Continente e da União Europeia.

 

 

Carlos César insistiu na ideia de que, apesar das dificuldades ainda sentidas nos Açores, há já sinais de retoma, bem patentes em indicadores económicos de áreas importantes como a do incumprimento de empresas junto da segurança social, do aumento do consumo de cimento, da venda de automóveis, do consumo de energia eléctrica na indústria, no comércio e nos serviços, no leite entregue nas fábricas, no gado abatido, no queijo produzido, entre outras.

 

 

“É também com base nessa análise que nós devemos trazer a esta Casa, e desta Casa aos açorianos, um sinal de confiança, uma luz para superar a situação mais difícil que se vive com os efeitos desta crise nos Açores”, disse, acrescentando que o Governo continuará a trabalhar para que a inversão dessa situação aconteça a breve trecho.

 

 

Mas, para além da Assembleia Legislativa, o presidente do Governo quer que também as câmaras municipais – sobretudo as maiores – se envolvam nesse esforço, pagando mais atempadamente às empresas de construção civil, não as asfixiando, nem as espremendo, como disse.

 

 

Retomando a afirmação de que a crise actual não depende só do Governo Regional, Carlos César assegurou que, “se dependesse só de nós, já a tínhamos ultrapassado, como ultrapassámos a crise que nos deixaram em 1996”, justificando a sua convicção com a boa saúde actual das finanças públicas regionais, que permite manter um alto volume de investimento.

 

 

“Temos em curso mais de 232 milhões de euros em obras e no recurso à prestação de serviços na região e vamos lançar empreitadas num valor superior a 160 milhões de euros até 30 de Junho. O Governo dá, assim, também, o seu contributo para o aumento do volume de negócios do sector privado, para a criação e manutenção de empregos”, realçou.

 

 

A concluir a sua intervenção, Carlos César disse que gostaria que os “nossos políticos nos Açores acreditassem mais, não só nas suas capacidades, mas nas capacidades do povo açoriano em ultrapassar esta crise” e lamentou que o PSD “não tenha apresentado soluções e se tenha ancorado na casinha do costume, na casinha do queixume.”

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