Carlos César e berta Cabral protagonizam novo diferendo

O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, e a presidente da Câmara de Ponta Delgada, Berta Cabral, envolveram-se hoje num diferendo, com troca de acusações sobre a saúde financeiras das instituições que lideram.

O diferendo começou quando Carlos César, também líder do PS/Açores, no final de uma audiência com responsáveis regionais da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), manifestou preocupação com a situação financeira de alguns municípios, citando o exemplo da Câmara de Ponta Delgada, presidida por Berta Cabral, que também é líder do PSD/Açores.

 

Carlos César afirmou que, em alguns casos, a situação difícil das autarquias resulta de “falta de cuidado na sua gestão financeira”, apontando como exemplo a Câmara de Ponta Delgada.

“Só a (empresa municipal) Azores Parque e o Coliseu (Micaelense) têm um endividamento líquido da ordem dos 14 milhões de euros e só o passivo exigível à câmara municipal (de Ponta Delgada), no seu conjunto, é superior a 50 milhões de euros”, afirmou o presidente do executivo açoriano.

Para inverter a situação das autarquias em situação difícil, Carlos César defendeu a necessidade de uma correção ao nível da gestão, com uma contenção de despesas, mais poupança e um melhor relacionamento e solidariedade institucional.

 

Na resposta, num comunicado divulgado ao final da tarde, a presidente da Câmara de Ponta Delgada considera que Carlos César fez declarações “sem responsabilidade política e sem sentido de Estado”, acusando o presidente do executivo regional de utilizar “as instituições como armas de arremesso político”.

Berta Cabral assegura o “equilíbrio das finanças municipais” e acusa Carlos César de “má fé” ao falar no passivo e esquecer-se do ativo, recordando que o ativo consolidado do município é de 250 milhões de euros e o passivo consolidado “representa apenas 20 por cento dos ativos municipais”.

A autarca social democrata devolve depois as críticas, recordando a situação de algumas empresas públicas da região, “que não têm ativo e são meros instrumentos de contratação de empréstimos públicos para financiar o governo”.

 

Berta Cabral recorda ainda que “recentemente um estudo do BPI referiu que o Governo Regional dos Açores tem uma dívida de 900 milhões de euros” e questiona por que razão, entre as 19 câmaras municipais do arquipélago, Carlos César apenas apontou o exemplo de Ponta Delgada.

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