Carlos César “pressiona” Europa para alargar área de protecção marítima

O presidente do Governo Regional dos Açores disse que está “a pressionar as entidades europeias para que a região tenha uma área de protecção de acordo com a sua capacidade biológica” e que beneficie as comunidades piscatórias açorianas.
“Esperamos que no regulamento orientador da reforma da política comum de pesca se firme o direito a essa área de protecção para garantir a sustentabilidade económica e social das nossas comunidades piscatórias”, sustentou Carlos César.

O presidente do Governo Regional, que falava na cerimónia de inauguração da Lota do Porto da Praia da Graciosa, realçou que o objectivo “é abrir caminho para alargar a área [regional] de protecção no âmbito dos regulamentos técnicos que irão gerir as diversas pescarias exercidas pelas frotas europeias”.

Carlos César defendeu ainda, a nível regional, “a introdução gradual de mais mecanismos de ordenamento das pescarias” para “salvaguardar e dar mais consistência à protecção das zonas até às seis milhas da costa de cada ilha”.

“Com isso, pretendemos que os seus stocks fiquem prioritariamente reservados para as comunidades piscatórias que não têm alternativa de irem pescar para outras zonas marítimas fora da proximidade das suas ilhas”, adiantou.

O chefe do executivo açoriano exortou os pescadores da Graciosa a dirigirem a pesca não só às espécies tradicionais de fundo, mas também a outras, como os atuns, o espadarte, as lulas, o caranguejo de profundidade ou o peixe-espada preto.

“Só a aposta na exploração de mais espécies com potencial comercial que existem no mar dos Açores permitirá garantir aos pescadores uma maior estabilidade económica e assim fazerem face às flutuações dos stocks que tradicionalmente têm condicionado a sua atividade”, disse.

Para isso, Carlos César aconselhou os pescadores locais a “aproveitarem bem os apoios europeus e regionais existentes, que chegam aos 70 por cento a fundo perdido”, para melhorarem as embarcações em condições de conservação de pescado e novos equipamentos.

A nova lota, que custou 1,1 milhão de euros, aumentou a sua capacidade de armazenamento de peixe congelado de três para sete toneladas, da refrigeração de pescado de seis para 14 e da capacidade de armazenamento de gelo de quatro para nove toneladas.

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