Casa do Gaiato em S.Miguel assaltada

A Casa do Gaiato, nas Capelas, S. Miguel, foi assaltada hoje de madrugada, pela segunda vez este ano, tendo os assaltantes levado vários donativos de roupas para as crianças e jovens acolhidos pela instituição.

 

“Arrombaram uma janela e entraram na secção do roupeiro onde estão as reservas das roupas e as dádivas, deixando um rasto de destruição com artigos espalhados e mobiliário destruído”, lamentou o padre Fernando Cabral Teixeira, responsável pela única estrutura da obra do Padre Américo existente nos Açores.

Nas declarações que prestou à Lusa, salientou que a Casa do Gaiato já foi assaltada duas vezes este ano, depois dos assaltantes também lá terem estado por três vezes em 2008, tendo levado alfaias agrícolas e bens provenientes da quinta da instituição.

 

“Esta madrugada levaram muita roupa, incluindo ofertas que chegaram quinta-feira para as crianças, além de produtos de higiene e dezenas de quilos de outros produtos de limpeza”, revelou o padre Fernando Teixeira, acrescentando que os assaltantes também levaram uma moto-serra.

“É lamentável. A instituição fica de mãos vazias em relação às suas reservas”, afirmou.

 

A Casa do Gaiato dos Açores acolhe actualmente 31 crianças e jovens, entre os seis e 21 anos, distribuídos por três unidades.

A sede está localizada nas Capelas e as duas outras situam-se em Ponta Delgada, funcionando uma como lar de transição e outra para acolhimento de rapazes e raparigas, para evitar a separação de irmãos.

A Casa do Gaiato é financiada pela Segurança Social, contando ainda com donativos em dinheiro, roupa e produtos, mas, segundo o padre Fernando Teixeira, as despesas com alimentação, educação e saúde dos jovens e pagamento dos ordenados aos funcionários têm vindo a aumentar todos os anos.

Este ano, a instituição não realiza a tradicional distribuição de mealheiros nas lojas de comércio tradicional e nas grandes superfícies comerciais de S. Miguel para recolha de donativos, já que, segundo o seu responsável, o valor recolhido “não compensa os custos com os mealheiros de barro”.

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here