O líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, considerou hoje “uma anedota” a ideia de ser repetida a votação do diploma dos concursos de professores aprovado pelo parlamento regional a 14 de fevereiro.
“Acho que isso é uma anedota. Isto chegou a um ponto em que vivemos no anedotário da democracia dos Açores”, disse Artur Lima, em declarações aos jornalistas à margem das jornadas parlamentares do partido, que decorrem até segunda-feira na ilha de São Jorge.
O deputado no parlamento açoriano insistiu em que “a votação já foi feita” e não sabe “o que se quer votar”, uma vez que o diploma já seguiu para o representante da República, que “agora há de dizer o que acha sobre ele” e seguir os “trâmites normais”.
“Agora, se querem legalizar o crime, é outra conversa”, disse Artur Lima, considerando que a alteração feita na redação final do diploma configura uma “falsificação de um documento” do parlamento”.
Nas mesmas declarações que fez hoje, Artur Lima considerou ainda que o presidente do PS/Açores e presidente do Governo Regional devia “dizer frontalmente” aquilo que pensa sobre este processo e “preocupar-se com a defesa da democracia, do estado de direito e com o cumprimento da lei”.
Depois da aprovação do diploma, a 14 de fevereiro, surgiu uma polémica por causa de uma alteração na redação final.
PPM, CDS e PSD demarcaram-se da versão final do diploma, dizendo que os seus deputados na Comissão de Assuntos Sociais não deram o aval à alteração.
O CDS-PP anunciou mesmo que vai pedir uma audiência ao representante da República.
Lusa