CDS-PP propor a aquisição pela Região de um mini avião cargueiro

cds-ppO Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores vai propor, em sede de discussão parlamentar do Plano e Orçamento para 2009, a aquisição pela Região de um mini avião cargueiro que possa levar á prática os discursos do desenvolvimento harmonioso e de combate aos efeitos da crise.

 

Em conferência de imprensa, nas Velas de São Jorge, Artur Lima, líder da bancada parlamentar democrata-cristã, apresentou esta medida como uma das conclusões das Jornadas Parlamentares que decorrem na ilha.

 

“Quando se fala tanto em desenvolvimento harmonioso das ilhas, esta proposta permite aos agricultores, aos pescadores e aos pequenos comerciantes das ilhas mais pequenas terem melhor e maior capacidade para exportarem os seus produtos”, afirmou.

 

Segundo especificou Lima, “um mini cargueiro económico e com baixos custos de manutenção e operação, que serve melhor este tipo de necessidade das ilhas pequenas, que facilmente pode chegar a estas ilhas e destas fazer sair os produtos para as gateways de acesso ao exterior e que não estará condicionado pelos horários de uma companhia comercial”.

 

Os Deputados Regionais do CDS-PP consideram que “numa altura de crise, numa altura em que se fala tanto de apoio às pescas, de apoio à agricultura, de diversificação agrícola, de apoio à promoção dos produtos açorianos, esta proposta está e é perfeitamente justificada”.

 

Artur Lima salientou, ainda, que o Partido não coloca de parte apresentar outras propostas de alteração aos documentos governamentais que estarão em discussão a partir do dia 31 do corrente, mas recorda que, na tarde deste sábado, reúnem os órgãos regionais dos populares açorianos.

 

“O CDS-PP vai apresentar, em diversas áreas algumas propostas, tendo em vista melhorar este Plano e Orçamento, mas, sobretudo, tendo em vista colocá-lo ao serviço e com medidas mais úteis para as pessoas”, disse.

 

Isto porque, caracterizou, “estamos perante um Plano e Orçamento e umas Orientações de Médio Prazo com dezenas de obras repetidas, isto é, já orçamentadas em anos anteriores. Orçamentadas e não concretizadas”.

 

Para os centristas, estes são documentos, particularmente o Plano de Investimentos para 2009, que “falham”, porque são “pouco ambiciosos na formação e qualificação profissional, esquece o ensino profissional na sua dimensão regional e tem parcas verbas para formação de funcionários, nomeadamente pessoal docente e não docente e pessoal de saúde”.

 

“É um Plano que aposta mais na informatização da saúde do que na humanização dos cuidados. Querem mais e melhores computadores e querem e menos e piores cuidados de saúde”, lamentou. “É um Plano de Investimentos rico em intenções e pobre em acções”, sintetiza Artur Lima.

 

Não anunciando qual a posição de voto dos populares, Artur Lima lembrou que o CDS-PP “sempre teve tradição e honra-se dela, de primeiro analisar, discutir, propor alterações e só depois, consoante os trabalhos decorrerem, votar”.

 

“Não temos, nunca tivemos, posições preconceituosas, nem pré-definidas. Não votamos contra só porque somos da oposição, mas também não votamos gratuitamente. Temos uma posição crítica, por vezes muito dura, mas também construtiva”, disse.

 

O CDS-PP, frisou, “vai apresentar propostas de alteração. Conforme estas sejam ou não aprovadas, dependendo da forma como decorrer o debate em plenário, logo decidiremos a nossa posição de voto. Estamos dispostos a aprovar o melhor para os Açorianos. Não vamos com posições dogmáticas, vamos com disposição de abertura e diálogo para entendimentos que devem sempre existir em democracia e que devem sempre existir a favor dos açorianos”. 

 

Entretanto, as Jornadas Parlamentares do CDS-PP iniciaram-se com uma visita à Fábrica de Conservas Santa Catarina. Artur Lima, à saída, afirmou ter gostado do que viu e congratulou-se com a decisão do Governo em adquirir a conserveira, porquanto permitiu “a manutenção e criação de novos postos de trabalho”.

Contudo, deixou um alerta: “é necessário manter o emprego, criar emprego, estabilizar a fábrica, mas fazê-lo de uma forma pensada, estruturada e responsável, para que, no futuro, quando a empresa passar para mãos de privados não se repetir o que sucedeu recentemente”. 

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