CDS-PP só aceita coligação nos Açores se tiver ‘poder de veto’

O presidente do CDS-PP nos Açores, Artur Lima, afirmou hoje, em Angra do Heroísmo, que o seu partido só aceitará fazer uma coligação na sequência das eleições regionais de Outubro se tiver «poder de veto».

«O CDS só irá para o governo se tiver poder de veto sobre todas as matérias», frisou Artur Lima, em conferência de imprensa, assumindo, no entanto, que o seu partido até pode «ganhar as eleições» e que «não é impossível ter um crescimento grande nos Açores».

«As pessoas, de uma vez por todas, têm que escolher a mudança e eu estou convencido e esperançado que essa mudança passe pelo CDS», acrescentou Artur Lima, que acusou os candidatos do PS e PSD à presidência do Governo Regional de «plagiarem» as suas propostas, apontando como exemplos o conceito de região económica defendido por Berta Cabral (PSD) e a preparação para o fim das quotas leiteiras defendida por Vasco Cordeiro (PS).

O presidente do CDS-PP nos Açores, que é também o candidato do partido à presidência do Governo Regional, assegurou que não fará «promessas eleitorais para ganhar votos», tendo apresentado um «pacote de austeridade» para a «gestão de dinheiros públicos», que pretende implementar caso venha a integrar o próximo executivo regional.

A proposta inclui, entre outras medidas, a redução, fusão ou extinção de empresas públicas regionais «que não servem actualmente para nada», como «a SAUDAÇOR (que gere os meios e equipamentos do sector da saúde), a Ilhas de Valor (que promove projectos turísticos, comerciais e industriais nas ilhas menos desenvolvidas) ou a APIA (que promove o investimento nos Açores)».

Artur Lima sugeriu ainda a limitação dos vencimentos dos administradores das empresas públicas ao vencimento dos secretários regionais, bem como a redução do número de directores regionais e o redimensionamento dos gabinetes dos membros do Governo.

O líder regional do CDS-PP quer ainda limitar regalias dos membros do executivo e proibir o uso abusivo de meios do erário público, como a utilização de viaturas oficiais, às chefias intermédias.

Artur Lima defendeu também que apenas uma parte dos deputados regionais esteja permanentemente afecta ao trabalho da Assembleia Legislativa e a reformulação da legislação regional relativa à atribuição de apoios sociais, propondo ainda que se valorize «o mérito e a competência» nos concursos públicos de admissão à administração pública regional, com critérios mais «rigorosos e objectivos, acabando definitivamente com a partidarização e politização da função pública».

 

Lusa

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