CDS-PP/Açores acusa Governo de ter medo de auditorias externas na Saúde

O líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, acusou esta terça-feira o Governo Regional de ter “medo” de auditorias externas no setor saúde, alegando que o executivo se limita a cortar nos serviços prestados aos doentes.
 

“Não vamos participar numa pseudo-reforma, porque o que tem acontecido agora são cortes que afetam pura e simplesmente os utentes”, frisou, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.

Artur Lima deu como exemplo das medidas de austeridade adotadas pela região no setor da Saúde a implementação de taxas moderadoras no Serviço Regional de Saúde e a exclusão da vacina pneumocócica do Plano Regional de Vacinação.

“Nas circunstâncias socioeconómicas atuais, esta decisão da secretaria regional da Saúde configura uma atroz frieza e insensibilidade social, é injusta e indutora de profundas e inaceitáveis desigualdades sociais com as quais não é lícito compactuar, porquanto a prevenção fica apenas acessível a agregados familiares com maiores rendimentos”, salientou, acrescentando que as quatro doses da vacina recomendadas custam 290 euros por criança.

Nesse sentido, o líder regional centrista anunciou que vai apresentar um projeto de resolução no parlamento açoriano que recomenda ao Governo Regional que reintroduza a vacina no Plano Regional de Vacinação.

Quanto ao pedido de contributo do Governo Regional no sentido de reformar o Sistema Regional de Saúde, Artur Lima disse que o CDS apresentou a mesma proposta que já tinha apresentado há dois anos.

“Como ponto de partida, o CDS-PP propõe uma auditoria externa e independente à componente clínica e à componente financeira dos Hospitais E.P.E., da Saudaçor, das unidades de saúde de ilha e da direção regional de Saúde”, disse, salientando que “só conhecendo ao pormenor e com rigor o verdadeiro estado do Serviço Regional de Saúde” o partido terá condições para “partir para propostas mais concretas”.

O líder regional centrista salientou que a auditoria serviria, entre outros aspetos, para identificar que serviços a região deve ter, como estão a ser prestados os cuidados de saúde e como foram feitos determinados investimentos e que consequências tiveram.

Artur Lima quer saber, por exemplo, o que foi feito aos cinco milhões de euros investidos em 2010 para reduzir uma lista de espera de 900 doentes, que em 2012 aumentou para 3000, salientando que os Açores têm “as mais vergonhosas listas de espera do país”.

 

Lusa

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