CDS-PP/Açores não entende cortes na Saúde numa região com finanças equilibradas

O CDS-PP/Açores pediu esta sexta-feira ao Governo Regional para dizer como é que vai reduzir a despesa da saúde em 40% e para explicar por que é que uma região com finanças equilibradas “tem logo de cortar” nesta área.
 

“Fico espantado quando se diz que se vai cortar 40% pelo lado da despesa [no setor da Saúde]. Gostaria que me identificassem como é possível as unidades de saúde hoje em dia, que já não têm dinheiro para comprar medicamentos, não têm dinheiro para o mínimo, […] como é que vão cortar 40% da despesa”, disse o deputado e líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima.

“Gostaria que o senhor vice-presidente [do Governo Regional], o senhor secretário da Saúde, que dizem que vão poupar 20 milhões de euros, explicassem onde os vão poupar e como, em quê, em que áreas. É na medicação, com despedir pessoal, é na redução do atendimento, na redução de cirurgias?”, questionou, sublinhando que “vinte milhões não são vinte tostões”.

Artur Lima disse que, por outro lado, não percebe “como é uma região com finanças públicas equilibradas vem aplicar estas medidas de austeridade gravíssimas aos doentes dos Açores”.

“É preciso explicar este paradoxo”, afirmou, dizendo que a saúde é um dos setores onde o Governo Regional “vai cortar mais” e “algo não bate certo”.

O secretário regional da Saúde, Luís Cabral, anunciou esta semana que os três hospitais nos Açores e as Unidades de Saúde de Ilha terão de fazer em 2013 ajustamentos na despesa, para poupar, no total, 20 milhões de euros.

“Temos como premissa para o ano de 2013 um orçamento de 270 milhões de euros. Precisamos, do ponto de vista da racionalidade do sistema, introduzir, não lhe chamo cortes, mas uma poupança de 20 milhões de euros”, afirmou Luís Cabral aos jornalistas.

Assegurando que a “poupança” exigida a cada Unidade de Saúde de Ilha e hospital “não será igual para todos”, Luís Cabral escusou-se a especificar valores, alegando que ainda conhece “o orçamento de todas as unidades de saúde de ilha nem os hospitais EPE [entidades públicas empresariais] fechados”.

 

Lusa

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