CDU/Açores lança campanha de postais contra “encerrame​nto de serviços de saúde no Faial”

A CDU vai lançar uma campanha de recolha de postais assinados contra “o encerramento de serviços de saúde” na ilha do Faial, nos Açores, previsto no plano de reestruturação do setor proposto pelo Governo Regional.

Em conferência de imprensa, realizada hoje na cidade da Horta, João Decq Mota, líder da CDU/Faial, adiantou que esta é uma forma de mobilizar os habitantes da ilha para que “participem ativamente” na discussão deste tema. “Só a tomada de posição pública dos cidadãos poderá travar esta intenção do Governo Regional”, advertiu o dirigente comunista, que pretende que “todos os faialenses” façam ouvir a sua voz.

O postal que será distribuído no âmbito desta campanha diz: “Não ao encerramento de serviços de saúde no Faial!” e prevê um espaço para que cada cidadão possa assinar e declarar a sua posição “contra” a reestruturação do setor.

A CDU pretende, depois, recolher todos os postais assinados e entregá-los a um dos membros do Governo dos Açores.

A contestação ao plano de reestruturação do Serviço Regional de Saúde, proposto pelo Governo dos Açores e que está em fase de discussão pública, resulta do previsível encerramento da unidade de cuidados intensivos do Hospital da Horta e eventual perda das especialidades de oncologia e urologia. João Decq Mota adverte que aquela unidade de saúde poderá também ficar sem as especialidades de pneumologia e hematologia clínica, e eventualmente sem o centro de adictologia, se avançar a proposta do executivo.

“O Governo retira efetivamente a capacidade do Hospital da Horta de ser um hospital de referência, de dimensão regional, afetando diretamente não só os faialenses, como também as ilhas do Pico, São Jorge, Flores e Corvo”, lamentou. Mas segundo a CDU, a coligação que junta PCP e Verdes, as perdas, em matéria de cuidados de Saúde no Faial, previstas no documento, não se ficam pelo Hospital da Horta, e abrangem também o centro de saúde local, que passa à condição de “centro de saúde básico”, e que poderá perder as especialidades de psicologia, nutrição e medicina dentária, e deixar de realizar raio-X e eletrocardiogramas.

O plano de reestruturação do Serviço Regional de Saúde já foi também contestado pelo presidente da Câmara da Horta, o socialista João Fernando Castro, pelo Conselho de Ilha e por vários partidos políticos, tendo dado origem a um abaixo-assinado. O Governo Regional, por seu turno, tem dito que o documento não está fechado e que a consulta pública que está em curso serve para recolher contributos.

 

Lusa

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